Uma situação no mínimo curiosa foi protagonizada pelo deputado estadual Jessé Lopes (PSL) via redes sociais. Mais uma, na verdade. Em postagem no Twitter, ele defendeu o fim da Secretaria Especial da Cultura, ao comentar a posse da atriz Regina Duarte na função, convidada que foi pelo presidente Jair Bolsonaro. Na postagem, o deputado catarinense sugeriu que a cultura deve ser promovida com recursos da iniciativa privada.
O detalhe interessante da fala do parlamentar é que o seu pai, Júlio Lopes, está sendo, pela quarta vez, presidente da Fundação Cultural de Criciúma (FCC). Ele já exerceu a função em governos anteriores de Eduardo Moreira (MDB), Clésio Salvaro (PSDB) e Márcio Búrigo (então no PP, hoje PL). A bem da verdade, Júlio tem pautado sua atual gestão com pouquíssimo recurso público e busca de parcerias privadas para promover eventos.
No último sábado, em entrevista à Rádio Som Maior, o criciumense Frank dos Passos - o Nego Frank, conhecido do universo do hip hop - reclamou dos repasses do município de Criciúma à cultura. Frank, que é integrante do Conselho Estadual de Cultura, informou que do orçamento de R$ 260 mil, estavam sendo repassados somente R$ 130 mil, o que representa "um investimento diminuto em algo tão importante quanto a cultura", reclamou.
Voltando à postagem de Jessé, ele defendeu o fim da mesma pasta que em Criciúma é tocada por seu pai. Mas o prefeito Salvaro não demonstra qualquer intenção de acabar com a FCC.