O Criciúma está na véspera de sua volta à Série B. Passado o recesso para a Copa América, feita a intertemporada com muitos treinos, o Tigre confia que chegou a hora de saltar na tabela. "Nossa esperança é que o pior já passou", me disse o diretor executivo de futebol tricolor, João Carlos Maringá, em um interessante bate papo na noite passada no nosso Programa Papo de Bola, na RTV Criciúma.
"Temos um grupo bom e confiamos", enfatizou, quando questionado sobre contratações. "Não adianta contratar jogadores do mesmo nível ou inferiores aos que temos aqui", argumentou. E há o cuidado com as finanças também. "Não adianta trazer um jogador de R$ 30 mil igual aos que temos, pois o Criciúma prima por pagar em dia. Nós não atrasamos salário", disse, salientando o cuidado com os limites orçamentários do Criciúma. Ou seja, o Tigre não vai fazer loucuras.
Nesse sentido, há uma clara intenção de resgatar alguns jogadores que já estão no elenco e não vem sendo muito aproveitados. Um desses casos foi Reis. "Ele não vinha jogando fazia uns 50 dias, começou a treinar muito bem, entrou nos jogos e deu resposta", comentou Maringá, lembrando que Reis é um dos casos que exemplificam a nova leitura que o técnico Gilson Kleina vem fazendo de determinados atletas. Tanto que Reis passou de atacante a meia. E cresceu contra Vila Nova e Brasil de Pelotas.
O próximo a seguir esse roteiro deve ser Bruno Cosendey. O volante que veio emprestado do Vasco e pouco jogou, teve boas atuações contra Chapecoense e Metropolitano mas depois perdeu espaço. "Ele vem vindo muito bem nos treinos. Falamos para todos, que não desistam. Daqui a pouc otem oportunidade, tem é que estar pronto para jogar. E o Cosendey é um caso", reafirmou o diretor. "É um campeonato longo, todos serão úteis", enfatizou.
O Criciúma diminuiu o ritmo na busca por um lateral esquerdo. "Procuramos bastante até uns 40 dias atrás, depois percebemos a evolução do Marlon, que está muito bem, e o Caíque se convenceu que ele precisa, no nosso grupo, ser lateral esquerdo também. Então hoje entendemos que estamos bem servidos por ali", comentou.
E o Foguinho vem aí. O volante contratado junto ao Caxias só não chegou ainda pois o clube gaúcho segue avançando na Série D do Brasileiro. Ontem eliminou o Cianorte e garantiu vaga nas quartas de final. "Na pior das hipóteses, para nós, ele vem no fim do mês", contou Maringá.
Sobre jogadores para o meio campo, o dirigente não nega que o clube ainda está no mercado, mas com dificuldades. "Eles (os jogadores) sabem que estamos avaliando, mas que está difícil conseguir. Tentamos o Dudu, que já jogou aqui, aquele ex-Coritiba e Fluminense, mas ele renovou com o clube árabe", revelou.
Os atacantes da casa
A sorte não anda soprando muito a favor de Léo Gamalho. "Ele tem que se benzer", resumiu Maringá. Ele segue sendo o principal trunfo ofensivo do Criciúma. Mas sem ele, a aposta está depositada em Lúcio Flávio. "O Lúcio está treinando muito bem, o William (Hauptmann, preparador físico) fez um trabalho especial com ele", afirmou.
E tem outros dois nomes que já está na casa e o Criciúma acredita no crescimento de ambos: Ceará e Pedro Bortoluzzo. "O Ceará estava em término de contrato, a gente tinha bastante dúvida se ele permaneceria. Ele tem custo baixo e treinou muito bem nas duas últimas semanas. Ë muito leve, rápido e tem treinado muito bem", enfatizou Maringá. Sobre Bortoluzzo, Maringá observa que "ele está voltando de lesão, não começou bem o ano mas acreditamos que pode evoluir". E tem Julimar ainda, que treina bem, conforme o diretor.
O que vem por aí
Maringá faz uma projeção sobre o futuro do Criciúma na Série B. "Em seis a sete rodadas estaremos estáveis, entre os oito. No nível que temos, podemos chegar ali e beliscar. O acesso é um sonho, não é uma promessa. É uma fissura. Temos de dez a doze concorrentes em nível muito igual", concluiu o dirigente.
Nesta terça tem Criciúma x Coritiba às 21h50min no Majestoso, com cobertura do Timaço da Som Maior a partir das 20h.