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Mazola e os cálculos, perdas, ganhos e projeções

Técnico justifica os reforços, garantindo que "não pede contratações", mas que o seu poder de veto vem sendo respeitado no Criciúma

Por Denis Luciano 20/08/2018 - 11:35 Atualizado em 20/08/2018 - 11:36

São normais as oscilações que o Criciúma vem enfrentando no Campeonato Brasileiro. E a matemática do Tigre é clara, livrar-se logo da barreira dos 45 pontos. Faltam 21 portanto, 24 já estão conquistados. Estas e outras colhemos do técnico Mazola Júnior de um interessante bate papo ontem à noite em nosso programa Papo de Bola, na RTV, que compartilhamos agora aqui.

Antes, lembramos que o treinador já revelou o que o fará ficar em Criciúma no ano que vem: conseguir o objetivo de no mínimo manter o time na Série B e, claro, haver interesse do Tigre. Ele gostaria.

A oscilação e os cálculos

Mazola considera absolutamente normal os episódios de oscilação que o Criciúma vem tendo mesmo dentro dos jogos. "Normal, até pelo começo ruim que tivemos no campeonato". Quando indagado sobre cálculos, chegou a opinar sobre a recente perspectiva de parte da torcida por briga pelo acesso. "É jogo a jogo. Não é fácil reconstruir uma campanha assim. A meta era até a décima rodada sair do Z-4. Não deu. Agora criou uma empolgação ilusória de sonhar com o G-4".

Para o returno, Mazola considera que o limite para se saber onde o time chegará é o meio da tabela. "Chegar em uma posição confortável até a décima rodada".

Fernando Ribeiro / Criciúma EC

Reforços

O treinador chegou a citar dois jogadores da Ponte Preta que estavam na mira mas acabaram indo para Campinas: o atacante Hyuri e o lateral Nicolas. "O Atlético foi buscar quatro ou cinco jogadores de Série A. O Coritiba, a Ponte Preta também". Daí, o treinador fez um porém sobre os reforços do Tigre. "O risco das nossas contratações é maior. Como nosso orçamento está mais do que estourado, trazemos muitos jogadores por parcerias, e muito jovens, jogadores que às vezes não são do campeonato".

Ele garantiu que não pede reforços. "Não peço nada. É uma relação diferenciada. Não peço reforço mas tenho direito a veto e tenho sido atendido".

Dificuldades

"O Criciúma faz muita força para jogar", concorda o técnico. "Temos problemas sérios de não conseguir manter mesmo padrão por vários jogos". Ele não concorda que venha mexendo demais no time nos últimos jogos. "Não achei que houve tanta mudança assim. Foram forçadas", explica. Ele elogiou o papel do zagueiro Christian que jogou improvisado como lateral esquerdo contra a Ponte, na suspensão do titular Marlon. "Christian foi muito bem. Anulou o melhor atacante da Série B", disse, referindo-se ao jogador André Luís.

"Faltou matar a jogada no terceiro gol" , recordou, referindo o problema de marcação no lance que Liel e Nino acabaram envolvidos pelo atacante da Ponte no lance que fechou os 3 a 1 da terça passada. Mazola flagrou, ainda, um problema de estatura do Criciúma. "Diferença grande de altura", disse, comparando com a Ponte.

Patrick

Patrick, apresentado hoje / Foto: Fernando Ribeiro / Criciúma EC

Regularizado, o meia atacante foi apresentado na manhã desta segunda e estará no banco nesta terça diante do Coritiba.  "Ele não disputa posição com Alex Maranh"ao e Elvis, é um meia atacante pelos lados com bom poder de finalização", apontou. No treino de ontem, Mazola testou Patrick, que veio do Grêmio, na vaga de Vitor Feijão. 

Com mais reforços, já não tem gente demais no elenco tricolor. "No plantel tem. Mas temos muitos lesionados. Não tenho João Paulo, não tenho Lucas Coelho. Muita gente no DM". O técnico pondera ainda que há muita prata da casa. "A maioria é de jogadores da casa".

Sobre um deles, Carlos Eduardo, Mazola lembrou o resgate feito com o jogador. "Ele estava afastado quando eu cheguei. Ele é diferenciado do mundo do futebol, educado, inteligente, soube atender as nossas solicitações". O treinador reforçou a razão de ter optado por Eduardo, e não Carlos Eduardo, na lateral direita contra a Ponte.  "Ele não jogou contra a Ponte pois eu tenho convicção que o Eduardo pode produzir mais ofensivamente". Amanhã, contra o Coritiba, a opção é por Sueliton. "Ele é o especialista da função e está recuperado. Saiu dois jogos no intervalo por sentir mas fizemos um trabalho diferenciado com ele".

Terça

A montagem de meio e ataque do Criciúma é "a mais equilibrada", segundo Mazola, com Jean Mangabeira, Eduardo, Luiz Fernando e Elvis. "Ter volante canhoto é importante. Única peça é o Luiz Fernando. Ele teve problemas de lesão. Antes, uma suspensão e não voltou o mesmo. A partir da saída do Luiz Fernando desequilibrou o meio". O técnico reforçou que "os melhores jogos com essa plataforma foram contra o Avaí e o Paysandu" e a intenção é repetir isso diante do Coritiba. "Temos que voltar à plataforma que deu certo".

Marlon

A expulsão de Marlon contra o Atlético Goianiense não causou qualquer irritação ao técnico tricolor. "Foi situação de jogo. Complicado punir ou achar que decepcionou. O médico do Atlético falou o que não devia. Ele é um dos melhores e mais importantes líderes do grupo. Evoluiu muito". Mazola apontou que Marlon "perdeu peso. Hoje é um atleta recuperado".

Zé Carlos

"Vem tendo dificuldades físicas, não é de agora, mas é um jogador decisivo"

Coritiba

"Estudamos o jogo deles. Tecnicamente é um muito forte. Eles vem com a faca no pescoço"

Luiz

Mazola está preocupado com a condição física do goleiro, que ficou fora dos jogos contra Atlético e Sampaio Corrêa e também não enfrenta o Coritiba amanhã. "Panturrilha, é um problema frequente dele. No treino ele sentiu. Estava bem. Vem fazendo um trabalho diferenciado".

A contratação de Belliato foi lembrada por Mazola como um acerto, já que Vinícius recebeu nova convocação à Seleção e deverá ficar todo o setembro com a CBF no México. "O Ronaldo teve possibilidade de sair, não deixamos, está muito bem", contou, referindo um dos goleiros reservas do Tigre, outra cria da base.

João Paulo

O treinador não escondeu a preocupação com o atacante João Paulo, fora desde o jogo com o Londrina quando sofreu um edema ósseo. "Nem no clube ele está. É um caso grave. Vai requerer cuidado especial", comentou. "Vejo com muita dificuldade. Ele tem problema de peso, um mês parado. Se fosse meu filho eu teria outra conduta, que o São Paulo não teve". Mazola disse que não colocaria a haste que foi posta na perna do jogador há algum tempo, quando ele teve seu primeiro problema físico ainda no São Paulo. "Vai ser difícil recuperar ele esse ano".

 

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