Mazola Júnior pensou em dar um tempo no futebol entre o ano passado e este. Mas reconsiderou, achou o caminho de novo e vive um bom momento no Criciúma, embora siga na zona de rebaixamento no Campeonato Brasileiro.
"Palavras da minha família. Há muitos anos eu não me sentia tão motivado e tão entregue a um trabalho", afirmou, hoje pela manhã, antes de orientar o treino apronto do Tigre que está partindo para Goiânia onde encara o Goiás amanhã. "Tudo o que eu passei no ano passado, com a morte do meu pai e um final de campeonato terrível no CRB".
"Foi um ano muito duro. Confesso, tinha pensado em parar de trabalhar no futebol", referiu, visivelmente emocionado. Mazola recebeu a sua esposa em Criciúma na semana passada. Ela segue, por enquanto, residindo em Campinas. "Esse ano começou complicado no CRB, muito difícil, mesmo com as metas alcançadas".
Mas a vinda para Criciúma significou uma volta por cima. "O Criciúma me fez recuperar a minha auto estima e a minha confiança em voltar a trabalhar". E ele garante que empenho não tem faltado. "Eu estou dando tudo o que eu sei e tudo o que eu posso dar aqui no Criciúma. Tenho a minha consciência tranquila. "Se eu não estou dando mais, é por não ter essa capacidade. Estou me doando ao máximo".
Outra de Mazola. Ele falou muito de Nei Franco, o técnico do Goiás, que será adversário amanhã em Goiânia. Os dois trabalharam juntos no Cruzeiro, e chegaram a formar a comissão técnica principal em um jogo contra o Palmeiras em 2002. "O Nei foi técnico interino naquela partida, e eu fui o auxiliar dele". O jogo terminou em 1 a 1, e dali nasceu uma amizade forte que segue até hoje. Os dois vão se reencontrar nesta sexta-feira no estádio Pedro Ludovico.
Na conversa com a reportagem, Mazola comentou ainda que anda perdendo o sono por conta da campanha do Tigre na Série B. No podcast, o bate papo da manhã com o técnico do Criciúma.