Como pano de fundo, o milionário investimento em um hospital de campanha em Itajaí.
Azedou de vez o clima entre o governador e a vice. Aquela harmonia entre o Carlos Moisés que tirou férias no fim do ano para a Daniela Reinehr governar o Estado é coisa do passado. Ele chegou a encarar pedido de impeachment naquela licença.
Mas o momento é outro. A crise por si só, da luta contra o coronavírus, já é por demais pesada. E não é que o pesado investimento para montar um hospital de campanha detonou uma bronca danada?
Daniela foi às redes sociais denunciar possível abuso. Moisés retrucou. Primeiro, ela:
Em razão da contestação e questionamentos já levantados, inclusive pela mídia em geral, acerca da instalação do Hospital de Campanha em Itajaí e por responsabilidade do cargo que ocupo, apresento aos catarinenses minhas considerações, que visam acelerar a instalação de hospitais de emergência em Santa Catarina, com integridade e transparência, visto que não se pode correr o risco do contrato ser cancelado ou interrompido. Há grande preocupação com a lisura e transparência do processo, evitando qualquer tipo de suspeição que possa trazer sérias consequências, como a não efetivação do serviço.
Com esses objetivos, expedi ao Governador Ofício que, no seu bojo, apresenta minhas preocupações com ações do Governo de Santa Catarina em momento tão delicado. Os agentes da administração pública, são os responsáveis pelas decisões atuais e serão julgados no presente e no futuro. E não podem pairar dúvidas sobre os contratos firmados.
Os catarinenses não podem aguardar eventuais discussões quando precisamos de atendimento emergencial, ainda mais quando se trata de uma crise como esta e em havendo outras possibilidades. Cabe ao Governador, o discernimento para atender da melhor maneira as necessidades que poderão surgir nos próximos meses, trazendo transparência e celeridade em todos os processos e segurança na execução dos contratos, não deixando pairar dúvidas a respeito de diferenças com valores ou nos procedimentos ora facilitados em razão da calamidade.
Depois, ele:
O momento é de união e não de fazer política. Há pessoas morrendo pelo coronavírus. Há empreendedores sofrendo com a crise econômica que é mundial. Usar este momento para promover embate político é lamentável.