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O discurso do Elvis após o empate (VÍDEO)

O mea culpa pela atuação ruim, a busca por um fim digno de Série B e mais dos bastidores do pós 2 a 2 com o Goiás

Por Denis Luciano 03/11/2018 - 09:30

"E o Elvis, hein Mazola?". Pois é, não tinha como sacar Alex Maranhão depois dos dois gols marcados no Scarpelli, mesmo com os 3 a 2 sofridos para o Figueirense na rodada anterior. Por isso, o Criciúma começou o jogo contra o Goiás, na quinta-feira, com Maranhão titular e Elvis no banco. Mas de novo o primeiro não aproveitou e, no segundo tempo, o Tigre já voltou com o camisa 10.

Reprodução / TV Tigre

Ele deu mais volume ao meio de campo tricolor. Movimentou, buscou, tentou, arriscou e participou dos 2 a 2 contra o Goiás. O Criciúma chegou a 42 pontos e após a partida, no vestiário, algumas das cenas foram compartilhadas ontem pela TV Tigre. Vale conferir.

O discurso de Elvis, a partir de 2min53seg, tem vários tópicos interessantes, dignos de análise. Confira no vídeo e, logo abaixo, tem a transcrição do que foi audível.

Ninguém é bobo. A gente não jogou muito bem, mas sabe porque a gente conseguiu o empate? Falaram em sorte, sorte o caramba, todo mundo lutou até o final. Foi se ajudando que a gente conseguiu esse resultado que é difícil pra c*. Não foi apontando o dedo, não foi nada. A equipe tá de parabéns. Como o Luiz falou, a gente sabe que ainda falta um degrau na caminhada. Vamos acabar com isso logo, vamos acabar de forma digna. Ninguém acreditava, nós aqui acreditamos. Tá todo mundo aqui ó, desde o começo acreditando, independente de quem jogar, todo mundo de parabéns.

A parte de "ninguém ser bobo" ele havia falado na Som Maior também. Criticou quem fala em sorte, e destacou a união e a pegada coletiva. Certo. Mas quando afirma "não foi apontando o dedo" pode isso ter um ar de cobrança interna. Pode. Em seguida, expõe uma certa agonia, uma cobrança entre todos, de "acabar de forma digna". Ou seja, chegar logo aos 45 pontos para tirar esse peso das costas. E por fim, ao citar que "ninguém acreditava", coloca no ambiente do vestiário o único ponto de certeza de que a virada viria, certamente recordando os duros tempos da laterna e da longa convivência na zona de rebaixamento.

Foto: Guilherme Hahn / A Tribuna

De tudo isso, vale perceber que, se tem faltado futebol brilhante, garra e sangue na veia não tem se ausentado. Elvis provou isso. Agora restam os jogos contra Londrina, CRB, Vila Nova e Sampaio Corrêa para o tormento acabar. A matemática ajuda, afinal, hoje é de 1% a possibilidade matemática de descenso.

(antes da rodada de ontem à noite) - Reprodução / chancedegol.com.br.

 

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