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O seu Apolinário Tiscoski partiu

Foi um homem público marcante, de grande contribuição a Forquilhinha e Criciúma

Por Denis Luciano 01/02/2019 - 23:43 Atualizado em 02/02/2019 - 00:02

Criciúma e Forquilhinha lamentam uma grande perda. Faleceu nesta sexta-feira, aos 92 anos - completaria 93 em 10 de abril - o conhecidíssimo Apolinário Tiscoski. Homem de fino trato, filho de Luiz Tiscoski e Cecília Back Tiscoski, era natural da Sanga do Café, em Forquilhinha, que à época pertencia a Criciúma.

O velório será a partir das 9h deste sábado no Cemitério Municipal, em Criciúma.

A trajetória

Teve uma vida política, social e comercial muito envolvida com Forquilhinha nos tempos de distrito. Foi o primeiro intendente, nos anos 50, e durante dez anos manteve movimentado estabelecimento comercial. Da sua gestão como intendente, que durou cinco anos, colaborou para a urbanização criando a Praça dos Imigrantes Almeães e estruturando a Avenida 25 de Julho, que segue como principal via da cidade.

 "Quando fui indicado como o primeiro intendente, em 1959, Forquilhinha era uma localidade sem muita infraestrutura", lembrou seu Apolinário, em uma entrevista que me concedeu em 2017.

Naqueles idos de 50 e 60, ele mantinha um restaurante que diziam servir um almoço delicioso. Era ponto de parada dos viajantes, algo como uma pequena rodoviária de Forquilhinha. Os ônibus empoeirados de interior que iam e vinham de Criciúma, Turvo e outros lugares ali paravam. As pessoas despachavam cargas e cartas por ali. E seu Poli vendia um serviço inimaginável para os tempos atuais: quem quisesse mandar um recado via Rádio Eldorado - a única emissora da cidade na época - ia até o representante na cidade, ele, que anotava o recado, cobrava alguns cruzeiros e os transmitia, indo até o estúdio no Centro de Criciúma. Dava bastante trabalho e rendia alguns trocos ser o agente da emissora no distrito.

Em 1963 elegeu-se vereador. Era, atualmente, o ex-vereador mais idoso entre os ainda vivos de Criciúma. Ele gerenciou os Correios por vinte anos na região. Na sua gestão, a estatal entregou sedes em Criciúma, Araranguá, Turvo, Meleiro e Jaguaruna.

"Ele faleceu dormindo. Foi descansar depois do almoço e não voltou", lamenta a neta, a colega jornalista Giselle Gomes Tiscoski. A perda de dona Olávia, sua companheira de uma vida, falecida em novembro de 2017, o abateu. Deixam 11 filhos (um já falecido), 28 netos e 23 bisnetos.

Encontrei com seu Poli nas eleições no Colégio São Bento, em outubro. Ele estava indo votar na sessão onde encontrei o prefeito Clésio Salvaro para entrevistá-lo. Conversamos por alguns minutos e o veterano mostrava-se antenado, ligado às questões políticas. Fazia questão de ir votar.

Em breve, seria homenageado pela Coopera, a cooperativa de Forquilhinha, que completou 60 anos no domingo. Ele foi um dos pioneiros da Coopera. Em uma de suas últimas aparições públicas, em novembro, recebeu honraria na Câmara ao lado do ex-prefeito Nelson Alexandrino.

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