O Criciúma ainda não caiu. Ainda. Mas a matemática para a permanência depois do 1 a 1 desta terça-feira, em casa, contra o Paraná, é complexa demais. É digna de matemáticos dos mais gabaritados. E desse emaranhado de projeções, é muito mais simples cravar que sim, o Criciúma vai cair. Ou na quinta, ou na sexta-feira.
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Parou nos 36 pontos. Pode chegar a 39, com 8 vitórias, caso vença o Oeste em Barueri no dia 30. Para escapar, depende de duas derrotas do Figueirense (contra CRB fora e Operário em casa), que o Londrina some no máximo dois pontos (contra São Bento fora e Guarani em casa), que o Vila Nova some no máximo quatro pontos nas duas rodadas finais (contra Oeste em casa e Cuiabá fora) e que o São Bento não ganhe de Londrina em casa e América fora.
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O Tigre precisa ultrapassar dois desses times aí. Mas tem que secar os demais citados, pois mesmo com 39, pode ser ultrapassado por Vila e São Bento.
Ainda assim, dá para escapar na matemática. Mas tudo pode acabar na quinta-feira. Se o Londrina ganhar do São Bento na quinta, acabou, o Tigre caiu. Mas se o São Bento faturar o jogo, vem uma sobrevida para o Criciúma até sexta. Mas se na sexta o Figueirense não perder para o CRB (o empate basta), pronto, caiu o Criciúma.
E o torcedor, hein? Deu um banho. Compareceu, 8 mil pessoas, incentivou, apoiou, empurrou e até perdeu a disposição de protestar. Limitou-se ao clássico "ei, Dal Farra, vai tomar no c*". E a galera poupou os jogadores. Aplaudiram, reconheceram o esforço.
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No fim, apenas alguns poucos no pátio reclamando, um torcedor detido e até a saída do público confirma esse fim de feira danado que vive o Criciúma, a caminho da Série C em 2020.