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Os 90 anos do ex-prefeito Nelson Alexandrino

Por Denis Luciano 04/04/2022 - 12:28 Atualizado em 04/04/2022 - 12:31

Criciúma tem sete ex-prefeitos vivos. O mais antigo, Ruy Hülse, completou 96 anos em fevereiro. O segundo mais longevo, Nelson Alexandrino, está aniversariando nesta segunda-feira (4). Nascido em Imaruí em 4 de abril de 1932, e residindo atualmente em Florianópolis, Alexandrino comemora 90 anos.

Com a família, o pequeno Nelson chegou em Criciúma com apenas 3 anos, em 1935. Elias Angeloni era prefeito na época. Logo, o jovem nutriu o sonho de ser prefeito da cidade. E para chegar lá, adotou a estratégia de se aproximar dos caciques do período na política local.

Não demorou e construiu afinidade com o Partido Social Democrático (PSD), que preponderou no comando do município naqueles tempos, com Addo Caldas Faraco, Paulo Preis, Luiz Lazzarin e outros. Foi próximo desses líderes, e ganhando a confiança até dos próceres estaduais pessedistas (ficou amigo da família Ramos) que Nelson Alexandrino construiu caminho para ser vereador por duas legislaturas nos anos 60.

Nelson Alexandrino em novembro de 2018, em Criciúma
Foto: Guilherme Hahn / Arquivo / 4oito

Estava aberto o caminho para ser prefeito de Criciúma. Mas ele chegou lá de uma maneira diferente do planejado. Afinal, veio o regime militar e o bipartidarismo. Pessedistas e udenistas abrigaram-se, maioria absoluta, sob o guarda-chuva da Arena. Petebistas e outros opositores tomaram o rumo do MDB. Alexandrino seria, naturalmente, Arena. Certo? Nem tanto.

Daí apareceu João Sônego na vida de Nelson Alexandrino. Líder esquerdista, grande nome do rádio e liderança reconhecida, Sônego estava com imensas dificuldades para montar a lista do MDB para a sucessão de Ruy Hülse em 69. Eis que, depois de muito insistir, convenceu Alexandrino a migrar para o MDB e ser lançado candidato a prefeito. Numa luta de tostão contra milhão, no pleito que marcou a estreia da figura do vice-prefeito, a chapa Nelson Alexandrino e João Sônego venceu a Arena com Francisco Canziani e chegou lá.

Alexandrino na época em que foi prefeito, de 70 a 73

"Ninguém acreditava na gente", lembrou Alexandrino em sua última vinda a Criciúma. Foi em novembro de 2018, quando ele recebeu uma moção de aplauso na Câmara, proposta pelo saudoso vereador Júlio Colombo. No dia seguinte ao evento no Legislativo, Alexandrino esteve no Programa Adelor Lessa, na Rádio Som Maior. No bate papo, contou detalhes daquela eleição de 69, a relação com João Sônego, as dificuldades enfrentadas na prefeitura e as conquistas alcançadas naqueles três anos de gestão do MDB.

Depois de Alexandrino, vieram Algemiro Manique Barreto, Altair Guidi e José Augusto Hülse, os três falecidos nos últimos anos. Após, os ainda vivos: Eduardo Moreira, Paulo Meller, Décio Góes, Anderlei Antonelli e Márcio Búrigo.

O ex-prefeito na homenagem recebida em 2018 na Câmara

Relembre a entrevista de Nelson Alexandrino à Som Maior em novembro de 2018 no podcast:

 

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