Está indo para a sanção do governador Eduardo Pinho Moreira (MDB) nos próximos dias o projeto de autoria do deputado Cleiton Salvaro (PSB) que determina a gratuidade nos ingressos para ex-atletas que tenham atuado por pelo menos cinco anos em clubes da primeira divisão em Santa Catarina. "Pensamos no lado social", explicou Salvaro, em entrevista hoje ao jornal A Tribuna.
O parlamentar argumenta que muitos ex-jogadores ficam em situação precária após o fim das suas carreiras. A pauta está vinculada à Associação de Garantia aos Atletas Profissionais de Santa Catarina (Agap) o que gerou críticas do nosso comentarista Sarandi, ex-jogador do Criciúma e hoje integrante da equipe do Futebol Som Maior. "Eu não concordo". Sarandi entende que deveria caber à Federação Catarinense de Futebol (FCF) o credenciamento de ex-atletas para concessão do benefício.
Buscamos a opinião do Criciúma. Para o superintendente Róbson Izidro não haverá, a princípio, grande impacto. Porém, ele lembra que a cada ingresso vendido ou doado o clube paga impostos. "Que chegam a até 25% do valor do ingresso", conta. "No caso das gratuidades, pagamos 25% de impostos sobre o valor mínimo". Ou seja, em muitos casos o Tigre tem que arcar com R$ 15 por ingresso gratuito em cada jogo. Izidro entende que o projeto aprovado na Alesc deveria garantir aos clubes isenção destes impostos.
O clube calcula que cerca de 200 ex-atletas do Criciúma residem na região atualmente. E garante que o Tigre já saiu na frente. "Nós oferecemos gratuidade a todos eles, desde que comuniquem à secretaria, o acesso estará sempre garantido". Izidro revela que o clube estudou a possibilidade de reservar um camarote para ex-jogadores no Heriberto Hülse, mas recuou. "Vai que em alguns jogos aparecem mais que a capacidade do camarote. Não podemos escolher quais jogadores vão ali", explica.
Abordamos o assunto em detalhes nesta quinta-feira na página 37 do jornal A Tribuna. Confira!