"Se não fosse com a caneta na mão, eu nem viria". Esta foi uma das frases marcantes do Róbson Izidro em sua apresentação como superintendente do Criciúma na manhã desta sexta-feira, no Heriberto Hülse. O clima já é outro no Majestoso. Ele esteve acompanhado do presidente Jaime Dal Farra, do diretor executivo de futebol Nei Pandolfo e de Vilmar Casagrande, que vem assessorando a diretoria.
"Todo bolso tem fundo", cravou, quando indagado sobre investimentos no futebol. Mas fez uma revelação interessante: na proporção em que aumentar a arrecadação, aumentará o investimento no futebol. E que sim, "um sacrifício" será feito para que no Campeonato Brasileiro o Tigre tenha um time mais caro que o atual, cuja folha de pagamento beira os R$ 500 mil depois da vinda de Zé Carlos.
Róbson confirmou a renovação de contrato com a Caixa Econômica Federal até o final de 2018. E nos contou que será pelo mesmo valor que vinha vigorando. Ou seja, o contrato original era de R$ 1,5 milhão por doze meses. Feita a proporção, são R$ 125 mil mensais. Multiplicando pelos nove meses que restam faturar até o fim do ano, a Caixa repassa R$ 1,125 milhão ao Tigre até concluir a temporada. A parceria será formalizada até o dia 18. O contrato já está redigido.
E o Criciúma incorpora mais dois parceiros: a Hipper Freios, empresa com sede em Sangão, e a Cristalcopo, do empresário Anselmo Freitas, que está de volta à camisa tricolor. As duas marcas, mais a Caixa e a Saint Bier, que formalizou o contrato ontem, estarão na nova camisa que o Tigre vai apresentar em uma semana, na próxima sexta-feira, 16, no jogo diante do Brusque. "São valores consideráveis", elogiou. A marca vai ficar abaixo do número nas costas da camisa.
Chamou a atenção, durante a apresentação, a presença do ex-diretor financeiro Deloir Brunelli. Ele é amigo particular de Róbson Izidro e está entre as opiniões das quais o novo superintendente se cerca para trocar ideias a respeito do Criciúma. Brunelli não terá cargos. É outro parceiro que vai colaborar sem vínculo muito menos custo a exemplo do próprio Róbson, que dedicará seu tempo ao Criciúma gratuitamente. Assim, o presidente Jaime Dal Farra vai sutilmente saindo de cena não para entregar o Criciúma, mas para colocá-lo nos eixos. "O Jaime vai ficar com a captação de recursos e os negócios e eu aceitei esse convite com autonomia de gestão", explicou Izidro.