Por Nova Veneza, você passa a Barragem do Rio São Bento e segue. Anda mais alguns quilômetros. Lá pelas quantas, estrada de chão afora, uma bifurcação. Vença a pequena ponte de madeira e, à esquerda, surpreenda-se depois de, já a pé, ultrapassar uma entrada no mato. Desponta a linda Cachoeira do Bianchini, um dos muitos paraísos que a natureza nos oferece tão perto daqui, da vida agitada da cidade.
Não são poucos os que usufruem daquela maravilha. Vão lá relaxar, tomar um bom banho, repor as energias, passar tempo, descontrair. Vale e muito a pena encarar os buracos e a poeira da estrada, e isso que fizemos o caminho por Nova Veneza. É possível chegar ali por Siderópolis, que é a cidade da cachoeira, e também por Treviso.
No fim de semana que passou, quando por lá passamos, ainda pela manhã, o sol brilhava, a temperatura era agradável e a água estava cristalina e refrescante. Perto da hora do almoço chegaram alguns visitantes, uns casais e amigos, fazendo aumentar o fluxo no lugar. Para chegar na cachoeira, quem conhece sabe, é preciso caminhar sobre as pedras por onde a água corre, com cuidado para não escorregar, até alcançar uma trilha que leva a uma escada de pedra e dali, para a parte inferior. Nesse caminho você vai se deparar com a cena da foto abaixo, alguém tentou um dia fazer um deque por ali. Seria fantástico.
Ali, o lago que resulta da queda d´agua antecipa o rio que serpenteia mata adentro apinhado de pedras. Duas placas dos bombeiros advertem para os riscos do nadar por ali sem a devida atenção. Não se recomenda saltar lá de cima, afinal há muitas pedras no fundo. E há alguns pontos com dois metros ou mais de profundidade, então todo cuidado é necessário. Mas o cenário é de tirar o fôlego de tão bonito.
Mas há quem leve seu espírito de porco, literalmente, até o belo lugar. No mesmo passeio do domingo que passou, flagramos com tristeza o lixo acumulado. Ainda não é muito, ainda, mas é incompatível com a beleza do espaço.
Algum imundo, ou alguns, deixaram restos de um churrasco, uma festinha qualquer, com latinhas, plásticos, papeis, toda sorte de porcaria acumuladas entre pedras que certamente foram amontoadas para servir de churrasqueira improvisada. Nada contra fazer tais encontros etílicos e gastronômicos por ali, mas que levem o lixo embora. E para piorar, há uma lixeira, que não é pequena, lá fora da cachoeira, na beira da estrada.
Leiam as placas, limpem a sua sujeira e, por favor, garantam que as futuras gerações possam também usufruir de um lugar tão bonito e tão nosso. Obrigado.