Quinze professores que orientam 15 diferentes modalidades na Fundação Municipal de Esportes (FME) estão com seus salários em atraso desde novembro. São cinco meses sem receber. "Até o começo de abril esperamos quitar tudo", projeta o presidente Sandro Araújo. O investimento mensal é de cerca de R$ 108 mil em vencimentos, que vão até R$ 3 mil em alguns casos.
Mas o problema vai muito além. Projeto remetido pelo prefeito Clésio Salvaro à Câmara, e que parte à tramitação nas comissões técnicas do Legislativo, vai resultar na demissão dos treinadores e abertura de uma nova modalidade de contratação. "Vamos fazer uma economia, é fato, mas vamos também enquadrar juridicamente a FME em uma realidade necessária", observa o diretor técnico da FME, Odilon Linhares.
Os professores serão demitidos - são nove com carteira assinada e seis prestadores de serviços - e mediante um rigoroso edital as vagas serão reabertas. O processo, da forma como está montado, privilegia quem já é treinador da FME. Dificulta a renovação. E vai criar uma perigosa lacuna. Entre a aprovação do projeto da Câmara e a efetivação do novo regime de contratações haverá as demissões e, com isso, o risco de um vácuo, de um período sem professores orientando as modalidades. Os detalhes deste imbróglio no jornal A Tribuna desta terça-feira. Confere lá!