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PT contabiliza: Haddad foi interrompido 62 vezes no JN

Modelo de condução das entrevistas com presidenciáveis na Rede Globo foi duramente criticado pelos petistas

Por Denis Luciano 14/09/2018 - 23:25 Atualizado em 14/09/2018 - 23:31

Esta sexta-feira ofereceu a Fernando Haddad a vez de ser o entrevistado entre os candidatos à presidência convidados para a bancada do Jornal Nacional na Rede Globo. E o desempenho do substituto de Luiz Inácio Lula da Silva na corrida presidencial motivou uma contabilidade no mínimo curiosa.

Em nota distribuída à imprensa agora à noite, o PT nacional informa que Haddad foi interrompido 62 vezes pelos apresentadores. "Além de interromper o candidato, os jornalistas seguidamente emitiram opiniões, colocaram palavras na boca de Haddad e fizeram interpretações tendenciosas e infundadas", diz a nota.

Cabe destacar que a reclamação petista, com maior ou menor veemência, foi também, ao seu tempo, feita por correligionários dos demais candidatos. Ou seja, não é uma crítica isolada esta do PT, embora agora venha com um aditivo: a conta das interrupções.

Sim, o PT contou. E contou não apenas com Haddad. Com ele, foram 62. O segundo colocado no ranking, segundo os petistas, foi Jair Bolsonaro (PSL), que quando esteve no JN foi interrompido 36 vezes. Depois, Ciro Gomes (PDT), 34 vezes, Marina Silva (Rede), 20 vezes e Geraldo Alckmin (PSDB) "somente 17 vezes" como faz questão de frisar o documento emitido pelo partido de Lula.

Reprodução / Rede Globo

Abaixo, a nota na íntegra que o PT nacional emitiu:

Na noite desta sexta-feira (14/09), Fernando Haddad participou de “entrevista” no Jornal Nacional. Foram 62 interrupções durante os pouco mais de 28 minutos em que o candidato petista foi submetido a perguntas tendenciosas, longamente formuladas por William Bonner e Renata Vasconcelos. Durante os 20 primeiros minutos, a pauta única da seção foi o ataque ao Partido dos Trabalhadores por supostas denúncias de corrupção.

Além de  interromper o candidato, os jornalistas seguidamente emitiram opiniões, colocaram palavras na boca de Haddad e fizeram interpretações tendenciosas e infundadas. Apenas aos 20 minutos de entrevista Haddad pôde achar uma brecha entre os ataques para começar a falar sobre o enorme legado que construiu como ministro da educação de Lula: expansão universitária e do ensino técnico, criação do Prouni e do Programa Caminho da Escola.

As interrupções não foram suficientes para calar Fernando Haddad: ele enfrentou as incoerências da Globo, denunciou os ataques e interrupções que estava sofrendo e conseguiu, em meio ao fogo cruzado, apresentar uma parte do legado das transformações do PT. Haddad enfrentou o Jornal Nacional e saiu maior do que entrou.

De acordo com levantamento feito pela Revista Fórum, Alckmin foi interrompido somente 17 vezes em sua entrevista ao Jornal Nacional, e Marina 20 vezes. Ciro Gomes (34) e Bolsonaro (36) tiveram um número de interrupções um pouco acima daquele colocado para Alckmin e Marina, mas ainda assim bastante abaixo do enfrentado por Haddad.

Reprodução / Rede Globo

 

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