O até então candidato a presidente pela oposição na eleição da próxima segunda-feira na Federação Catarinense de Futebol (FCF), Alexandre Monguilhott, já havia alertado no inicio da semana, em entrevista ao blog e ao jornal A Tribuna, que o regulamento do pleito era 'anti-democrático", pois a muito custo permitia a inscrição de duas chapas. Ocorre que é exigida a adesão, por assinatura, de 40% dos clubes e 40% das ligas inscritos na FCF para avalizar a chapa. Ou seja, somente duas poderão, matematicamente, conseguir.
A Chapa 2, denominada "Muda FCF", não conseguiu atender os requisitos. Conforme a ata ontem à noite expedida pela Comissão Eleitoral, os oposicionistas só tiveram assinatura de quatro clubes e nenhuma liga. Por isso, a inscrição foi rejeitada. Enquanto isso o presidente Rubens Angelotti conseguiu para a sua Chapa 1, "Renovação, Respeito e Transparência", a adesão de 21 dos 25 clubes e 11 ligas, ou seja, todas.
Somente quatro clubes assinaram com Monguilhott: Joinville, Concórdia, Juventus de Jaraguá do Sul e Caçador. Com Angelotti estão Chapecoense, Tubarão, Concórdia, Criciúma, Inter de Lages, Figueirense, Hercílio Luz, Joinville, Barra, Blumenau, Camboriú, Metropolitano, Marcílio Dias, Operário, Fluminense, Guarani, Juventus (assinou com as duas), Navegantes, Curitibanos, Porto e Imbituba, mais as ligas LARM, Verde Vale, LAVM (Vale do Mampituba, Passo de Torres), Tubaronense e as de Blumenau, Chapecó, Florianópolis, Itajaí, Joinville, São José e Vale Norte.
Serão 61 votos no colégio eleitoral na votação de segunda, 50 dos clubes (cada um tem peso 2) e 11 das ligas (cada uma tem peso 1). Na chapa que será eleita, já que concorre sozinha, além do presidente Angelotti - paranaense radicado em Criciúma há muitos anos - a região está representada pelo vice-presidente Emerson Lodetti, que licenciou-se da presidência da LARM para compor a chapa. Ele foi convidado há algumas semanas por Angelotti e teve a sua inscrição confirmada e homologada com os demais ontem, que foi o dia do seu aniversário de 45 anos. Emerson é filho de Waldir Lodetti, que por muitos anos presidiu a LARM e foi antes renomado árbitro da FCF nos anos 70 e 80.
O candidato da oposição moveu, na quarta-feira, uma ação na Justiça Comum. Queria suspender a eleição do dia 30 alegando irregularidades no processo eleitoral. A juíza Dayse de Oliveira Marinho indeferiu o pedido no fim da tarde de ontem. Assim, a eleição está mantida e apenas a Chapa 1 registrada. Terá a Chapa 2 alguma nova cartada? "Precisamos analisar com calma a ata da comissão", disse Monguilhott, no último contato com o blog ontem à noite antes de desligar o celular e partir para mais uma reunião.
Seja como for, as adesões manifestadas em ata já confirmam que, mantidos os números Angelotti terá ao menos 53 dos 61 votos possíveis.