A segunda-feira promete agito nos bastidores do Criciúma. O momento ruim dentro de campo reflete na política tricolor e o Conselho Deliberativo estará reunido a partir das 19h. “Foi uma convocação extraordinária a pedido de conselheiros e, enquadrando no Estatuto, a reunião vai ocorrer”, confirma o presidente do Conselho, Carlos Henrique Alamini.
A solicitação partiu do “Apenas Criciúma”, grupo que conta com 54 conselheiros. O edital referiu, na pauta, “avaliação do cumprimento da diretoria executiva das diretrizes e obrigações estatutárias” e “avaliação dos resultados apresentados no departamento de futebol”.
O primeiro tópico é o que renderá maior debate. Ocorre que, no último 19, o clube negou aos conselheiros acesso ao contrato em vigência entre o Criciúma e a Gestão de Ativos (GA), empresa formada pelo ex-presidente Antenor Angeloni e hoje sob o comando de Jaime Dal Farra para gerir o futebol do clube. “Queremos saber a razão desta negativa”, indaga o conselheiro Augusto Teixeira da Silva, um dos autores do pedido. O clube respondeu, em ofício assinado pelo vice-presidente do Conselho, Valcir Zanette, que “o referido contrato se trata de documento estratégico e interno do clube”.
É o mesmo contrato, garante Izidro
O superintendente do Criciúma, Róbson Izidro, garante que não há nada errado na negativa de cedência do contrato. “É o mesmo que foi aprovado em 2012 pelos conselheiros”, refere. “Queremos saber se o presidente tem interesse em negociar a GA e buscar investidores”, responde Augusto. Se o clube insistir em não ceder cópia do documento, haverá um recurso judicial. “Vamos à Justiça sim pedir o contrato”, revela o conselheiro.
O momento do futebol do Criciúma também vai pautar os debates da noite. A reunião extraordinária do Conselho será na sede da Acic. O presidente Jaime Dal Farra e o diretor jurídico Albert Zilli dos Santos estarão ausentes, já que continuam na Rússia acompanhando a Copa do Mundo. Dal Farra falou hoje pela manhã na Som Maior e disse encarar com estranheza o questionamento, já que o contrato é o mesmo celebrado desde 2012. Referiu, ainda, que o Criciúma tem déficit mensal de R$ 450 mil.
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