No meio do novo imbróglio vivido no Campeonato Catarinense estão as muitas horas de estrada e as centenas de quilômetros rodados pela delegação do Concórdia para disputar o jogo não jogado frente ao Atlético Tubarão, marcado para esta terça-feira, 13. Originalmente, a partida seria no estádio Domingos Gonzales, em Tubarão. Depois, no Heriberto Hülse, em Criciúma. A prefeitura de Tubarão vetou jogos de futebol profissional por conta do avanço da pandemia de Covid-19. Isso foi no fim de semana. Hoje foi a vez de a prefeitura de Criciúma fazer o mesmo.
A delegação do Concórdia estava chegando ao sul do estado, no fim da tarde deste domingo, quando soube da transferência da partida de Tubarão para Criciúma. Optou o clube do oeste, então, por buscar uma hospedagem em Jaguaruna, no meio do caminho. Hoje, recebeu a notícia da falta de liberação para atuar em Criciúma e, após buscar aval da Federação Catarinense de Futebol (FCF), começou a viagem de volta. E sem jogar.
No fim das contas, serão mil quilômetros rodados, nove horas de viagem de ida mais um punhado de horas no retorno, e sem bola rolando. O Tubarão queria, de pronto, a transferência, visando ganhar um tempo na difícil luta contra o rebaixamento. Um dos dois deve cair à Série B estadual. O Concórdia, por sua vez, vive um dilema, já que os contratos da maioria absoluta dos seus jogadores terminam no dia 20. Corre o risco de ficar sem time para o mata-mata.
Agora, a FCF não sabe o que faz. Nem com o jogo de Tubarão x Concórdia, nem com o mata-mata das quartas de final, que ontem seriam disputados na rodada de volta.