A proposta era tentadora nem tanto pelo salário, superior ao pago pelo Criciúma mas não tanto. A proposta do Belenenses de Portugal era tentadora por oferecer um contrato de três anos a um jogador de 29 e que chegou em má fase no final do ano passado. Mas Elvis, ao fim das contas, fica no Tigre. Boa notícia no Heriberto Hülse.
Mais uma nesse universo positivo de um agosto que vai se firmando sem desgostos no Majestoso. Muito pelo contrário. O mês começa com a conta engordando, já que os dólares da venda de Róger Guedes estão a caminho, e o mês se firma com a saída da zona de rebaixamento, a melhor de todas as notícias.
Para um rumo ainda mais firme, era necessário não perder uma peça como Elvis. Ele chegou sob as lembranças da passagem anterior mas, como contrapeso, com atuações nada brilhantes em seus últimos clubes. Veio para um recomeço. E foi crescendo. E encontrou sua nova fase agora, com Mazola Júnior. Está no seu melhor momento em sua segunda passagem pelo Criciúma. Acumula atuações convincentes. É o grande pifador dessa Série B. Ninguém dá mais assistências que ele no campeonato.
Elvis deu o fico com os treinos da semana. O Criciúma trata o tema com reservas, mas a proposta ao meia chegou. E ele gostou da proposta. E ele pediu para sair. E coincidiu que havia uma suspensão a cumprir por terceiro cartão amarelo, por isso ele não fez parte da vitória sobre o Sampaio Corrêa. Mas agora? Ou ele volta ao time, ou ele vai embora. Ele fica. Muito bom.
O melhor de tudo, a personalidade do Tigre no negócio. A direção pediu uma multa rescisória. Afinal, Elvis tem contrato até o fim do ano. Ou o Belenenses pagava - falou-se até em R$ 600 mil - ou nada feito. O clube fez valer o seu direito. Não cedeu apenas, com medo de que Elvis ficasse aqui de má vontade. O jogador, profissional que é, entendeu pelo visto. Fica, cumpre o contrato e fim do ano tem nova janela. Se ele seguir nesse embalo, vai conseguir propostas até melhores da Europa para 2019.
Ficou bom para o Criciúma. E segue o baile.