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Vários tons de Zé Carlos: seis gols, três expulsões... (VÍDEO)

Vídeo publicado hoje à tarde pelo Criciúma mostra a reação do camisa 9 ao tenso jogo contra o Goiás

Por Denis Luciano 02/11/2018 - 21:50 Atualizado em 02/11/2018 - 21:55

Os minutos antes e depois de o relógio marcar pontualmente 21h desta quinta-feira no estádio Heriberto Hülse foram frenéticos. De um merecido 2 a 0 para os visitantes do Goiás até um pênalti convertido por Zé Carlos, um gol no fim dos acréscimos para o 2 a 2 e a expulsão do centroavante tricolor. Tudo em pouco tempo.

Fotos: Guilherme Hahn / A Tribuna

"O Zé Carlos ainda não entendeu que a arbitragem mudou de 2012 para cá. E está difícil fazer ele entender", comentou Mazola Júnior, quando indagado pelos repórteres sobre o terceiro cartão vermelho do atacante na atual Série B. Os anteriores, sempre nos minutos finais dos jogos, foram contra o Atlético Goianiense (44 do segundo tempo), e o CSA (41 do segundo tempo), e sempre resultantes do segundo cartão amarelo.

Mas Mazola nem parece estar ligando muito mais para isso. Parece que o treinador já está convencido de que Zé Carlos, com seus 35 anos e suas manias e trejeitos, não vai mais mudar. Por isso, nem cabe gastar muita saliva explicando.  "Não gosto de fazer advogado de diabo nenhum. Mas quem provocou o Zé Carlos foi o Vitor Ramos (zagueiro do Goiás)", contemporizou. O treinador era da opinião que os dois deviam ser expulsos.

A súmula do árbitro paranaense Paulo Roberto Alves Júnior deixa clara a razão da expulsão de Zé. O lance narrado foi no instante seguinte ao segundo gol tricolor.

Terminado o jogo, recém expulso, Zé se atirou ao gramado. Por ali ficou um tempo. Depois, saiu rapidamente rumo ao vestiário. Naquela confusão da saída dos jogadores, fiquei a espia-lo. Conseguimos entrevistar pela Som Maior o Elvis, o Ronaldo e o Eduardo. O Zé nunca se nega, e sempre rende alguma palavra que agita, que tempera. Mas desta vez ele não somente não quis falar como nos driblou e sentou na escadaria rumo ao vestiário. Quem espiar o vídeo abaixo verá a cena a partir dos 2min36seg e eu lá no fundo, narrando o que parecia ser o que a câmera do Criciúma efetivamente mostra agora, o Zé muito emocionado. Uma pilha. Nervoso. Ou desabafando. Ele chorou.

Zé Carlos chegou à artilharia do Criciúma na atual Série B, com seis gols. Muito pouco perto do tanto que ele já marcou em edições passadas. Em vinte jogos, além de seis gols marcados são três cartões vermelhos e seis amarelos. Na temporada, são nove gols em 26 partidas. Em Brasileiros da B pelo Tigre chegou a 46 gols em 72 jogos e, na história do Criciúma, consolida-se como o terceiro maior artilheiro: chegou a 66 gols em 106 jogos, atrás de Soares (82 gols em 271 jogos) e Vanderlei (84 gols em 431 partidas).

No atual Brasileiro, Zé marcou gols contra o Avaí (1 a 0 na Ressacada), Paysandu (dois nos 4 a 1 no Majestoso), Coritiba (um no 2 a 2 em casa), Fortaleza (um nos 2 a 0 no HH) e agora contra o Goiás. Estava há quatro partidas e quase dois meses sem balançar a rede.

Zé não enfrentará o Londrina terça que vem. Fora. Suspenso. Depois, terá a chance de retornar contra o CRB, no dia 10, em casa. É sempre emblemático para ele enfrentar "o time do coração", como ele sempre admite. Depois será Vila Nova fora e Sampaio Corrêa em casa, para então fechar a conta.

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