O grupo do Criciúma já se apresenta daqui a pouco, 10h, no CT Antenor Angeloni. Não há tempo a perder. Ontem, os 2 a 0 sobre o Metropolitano. Hoje, um trabalho leve e, em seguida, a lista dos que vão para Santarém para encarar o São Raimundo na quarta-feira, na estreia tricolor na Copa do Brasil.
"Agora é mudar a chavinha pensando na outra competição que temos pela frente", comentou Doriva ainda no Heriberto Hülse depois da vitória deste sábado. "Confiança, é muito importante, tem uma projeção grande e a parte financeira, que é expressiva", lembra.
Esse jogo do São Raimundo vale R$ 1,1 milhão para o Tigre. Os R$ 500 mil para jogar, a cota normal, e os R$ 600 mil caso a vaga na segunda fase venha. "A gente sabe que não vai ter moleza, vamos precisar fazer um grande jogo", especula Doriva, sobre o que aguarda o Tigre diante de um adversário pouco conhecido.
Tem desfalques. O Maicon Sisenando segue fora. Lesão no músculo posterior da coxa esquerda. Segue fora. O zagueiro Jacy Maranhão e o lateral Marquinhos serão problemas para alguns vários meses. Fora dos planos.
Do jogo de ontem, ao menos três jogadores saíram desgastados: o atacante Pedro Bortoluzzo e o lateral Carlos Eduardo. Mas terão condições.
"Tivemos que trocar o Cadu, ele estava passando mal desde o início do segundo tempo, estava meio afogado", disse Doriva. Ele não explicou o que seria esse "afogado". O lateral Marlon sentiu caimbras, mas está em condições. Vai para o Pará também.
Para o Catarinense, na nova virada da chave depois de quarta, Doriva já tem outra baixa. O volante Zé Augusto tomou o terceiro cartão amarelo diante do Metro, ontem, e não vai para Joinville. Na volta do Pará ele segue para Criciúma, e não encara o JEC no domingo.
"Eles não são máquinas", definiu Doriva, sobre o empate de ontem e o forte calor sentido neste sábado em Criciúma. "Não sofremos, não proporcionamos quase nada ao adversário. A equipe conseguiu manter a posse de bola e controlar o jogo. Precisávamos dessa vitória para dar tranquilidade", definiu.
O treinador elogiou, e bastante, o uruguaio Platero. "Foi uma estreia boa, estreou fazendo gol. Mas mais que o gol, foi consistente, bem equilibrado, bem por cima, por baixo. É um jogador que vai nos ajudar na sequência. Ainda está se adaptando mas a gente percebe que ele está feliz, se comunicando melhor com os companheiros".
Doriva fez um cálculo curioso após a partida de ontem. Que o Criciúma deveria ter no mínimo três pontos a mais no Catarinense. "Hoje a gente teria que ter no mínimo 12 pontos, ou 13. Perdemos jogos que fugiram do nosso controle, como o caso do Brusque, dominamos, o Figueirense também. Esses pontos não voltam mais". Verdade. Eis a realidade.