A aprovação do projeto de Lei Complementar enviado pelo executivo municipal à câmara de vereadores não foi a único fato político da noite desta terça-feira (29), em Criciúma. O texto substitutivo modificou a redação de dispositivos da Lei Complementar 12, de 20 de dezembro de 1999, autorizando o afastamento de servidores estáveis, sem remuneração, para desempenho de mandato em central sindical, confederação, federação, associação de classe de âmbito municipal, sindicato representativo da categoria de servidores públicos municipais ou entidade fiscalizadora da profissão, regularmente registrados no órgão competente. Ou seja, servidores municipais poderão cumprir carga de trabalho no sindicato, porém não serão remunerados pela prefeitura.
Colab de Arleu e Clésio
Após a aprovação da matéria, o pré-candidato a prefeito, Arleu da Silveira (PSDB), que, em tese, tem a benção do atual, Clésio Salvaro (PSD), fez um post colaborativo com Salvaro, que é quando dois perfis compartilham uma publicação, no instagram. No vídeo, Arleu diz que ajudou a construir o projeto e que “acabou a mamata, tá na hora de começar a trabalhar”, referindo-se aos servidores do sindicato.
Essa foi a primeira vez que Arleu e Clésio compartilham uma publicação desse teor. Eles costumam aparecer juntos em caminhadas pelos parques e praças da cidade e inaugurações de obras. Ao adotarem uma estratégia que costuma funcionar na comunicação política, a de abraçarem publicamente o mesmo “inimigo comum”, neste caso, os servidores do sindicato, Arleu demonstra que está decidido a brigar pela vaga de candidato a prefeito no partido de Clésio. É que a briga de Clésio com os servidores do sindicato é antiga, e ao repetir as palavras do prefeito, Arleu tenta pegar pra si essa bandeira. Demonstra, ainda, que essa vaga ainda não está 100% definida e que a corrida contra o tempo já começou.
Em entrevista recente, durante o quadro Plenário, da Rádio Som Maior, dos quais participam Adelor Lessa, Maga Stopassoli e Upiara Boschi, Salvaro disse que o candidato a prefeito apoiado por ele “pode ser o Arleu, pode ser o Acélio, pode ser a Geovânia, pode ser o Vagner, pode ser o Celito. Certamente será alguém do governo, alguém que está colaborando com o governo. Questionado por Adelor se qualquer um dos citados poderia ser o candidato, Salvaro finalizou dizendo que sim.