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Ceretta na Educação? Saiba o que motivou esse cenário

Informação sobre a possível ida da presidente da Acafe para a Secretária da Educação agitou os bastidores políticos

Por Maga Stopassoli 23/04/2025 - 15:14 Atualizado há 2 horas

A semana começou com um assunto que despertou muita curiosidade. Afinal de contas, é verdade que Luciane Ceretta vai assumir a Secretaria de Estado da Educação? Desde o ano passado, os rumores de que ela seria o novo nome da pasta ganharam força. E há motivos para isso. E os motivos foram alimentados por ela mesma. Quer um exemplo? Luciane assumiu a Unesc e colocou a universidade num outro patamar. Assumiu a Acafe e fez Santa Catarina inteira conhecer as instituições comunitárias. Foi nomeada Conselheira Nacional de Educação e colocou o estado na mesa de conversa em Brasília. É por isso que, quando o assunto é Educação, seu nome sempre surge. Então, a questão aqui não é se ela foi convidada ou não, se vai assumir a secretaria ou não. A questão é que a Educação de Santa Catarina precisa dela. A Secretaria de Educação do nosso estado está sem comando. Quer um exemplo? Eu dou: quem não lembra das escolas estaduais – eu disse estaduais, portanto, de responsabilidade do governo do estado – que começaram o ano, naquele período de calor extremo, sem ar-condicionado? Esse foi um erro imperdoável do atual secretário Aristides Cimadon. E essa não é uma crítica à pessoa do Cimadon. Tem a ver com sua gestão à frente da secretaria, e quem aceita ir para a vida pública sabe que está sujeito a ser aplaudido e criticado. Se a pasta estivesse sob o comando de Luciane Ceretta, por exemplo, não seria exagero dizer que as escolas estaduais estariam em melhores condições. E aqui eu estou usando o exemplo do ar-condicionado para dizer o mínimo. Há outras melhorias que a educação estadual precisa.

Nesta semana, quando o assunto veio à tona, Ceretta se apressou em dizer duas coisas: primeiro, que não havia recebido nenhum convite; segundo, que é amiga de Cimadon. As duas coisas são verdadeiras. Ocorre que uma coisa não invalida a outra. Luciane é leal aos seus. Mas a amizade com Cimadon não é o centro da discussão. O atual secretário exerceu papel importante na elaboração do que é hoje o Programa Universidade Gratuita, que beneficia milhares de catarinenses com acesso ao ensino superior. Não há, no meu modo de ver, nada mais nobre do que lutar pela educação. E Cimadon fez isso antes de ser secretário e, certamente, continuará fazendo quando deixar a secretaria.

Ocorre que o ritmo das coisas hoje exige um perfil mais presente, lá na ponta, onde o problema acontece. Exige que quem está à frente de uma pasta tão importante como a da Educação compreenda o dinamismo da sociedade atual, que tem pressa. Muita pressa. O próprio governador Jorginho Mello costuma usar essa expressão: "Santa Catarina tem pressa". A educação, também. Pressa em ver as escolas bem equipadas, uma grade curricular atualizada, professores sendo mais ouvidos. 

Nada vai apagar a contribuição de Cimadon à educação catarinense, e sair da vida pública não é um demérito quando já se cumpriu a missão. Cimadon cumpriu a sua, com louvor. Tem um amigo meu que costuma usar a seguinte expressão: "no mundo dos adultos, funciona assim". Vou pegar a expressão dele emprestada para dizer o seguinte: no mundo dos adultos, é preciso evoluir essa conversa para além do que se vê. Luciane Ceretta figura como o nome ideal para a Educação no Estado pela sua capacidade de gestão e espírito de liderança nato. Luciane é, hoje, uma figura pública em Santa Catarina justamente por sua contribuição à educação aqui no estado.  Esse é o ônus e o bônus de um bom trabalho. 


 

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