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Floripa será sede de pesquisa sobre carne de laboratório

Prefeito Topázio, diz: “carne de hambúrguer sem precisar abater um boi”

Por Maga Stopassoli 15/01/2024 - 11:00 Atualizado em 15/01/2024 - 11:32

Florianópolis deve inaugurar até o fim deste ano, o JBS Biotech Innovation Center, primeiro centro de inovação e pesquisa para o desenvolvimento de carne cultivada em laboratório do Brasil. As obras já iniciaram e estão localizadas dentro do Sapiens Parque. O investimento previsto é de 22 milhões de dólares. Sobre o assunto, o prefeito de Florianópolis, Topázio Neto (PSD), publicou um vídeo nas redes sociais falando, por exemplo, sobre o tanto de água necessária para se produzir um quilo de carne estimado em 15 mil litros.

Veja o que ele disse no vídeo

E se a gente pudesse fabricar uma carne de hambúrguer em laboratório? Carne de verdade, com gosto de carne, mas sem precisar abater um boi. Sem precisar gastar 15 mil litros de água fresca para produzir 1 quilo de carne. Parece coisa de ficção científica, né? Mas saiba que isso já é realidade no mundo e, agora, tem muito a ver com a nossa cidade. Florianópolis terá, em breve, o maior laboratório desse tipo no Brasil. Aqui no Sapiens Parque. Um investimento de milhões da JBS, maior produtora de proteína do mundo. Foi em 2013 que o primeiro hambúrguer limpo, criado em laboratório, foi consumido. Ao custo de 330 mil doláres. Caro, né? Mas quatro anos depois de muita pesquisa e investimento, o mesmo produto baixou para 11 dólares. O desafio aqui em Florianópolis é tornar a carne mais barata do que a carne de açougues. Mais barata, mais sustentável para o mundo e com possibilidade de matar a fome de milhares e milhares de pessoas. Isso é tecnologia, bioengenharia e tem tudo a ver com Floripa.

Topázio Neto abordou o assunto em momento bastante oportuno se formos considerar a urgência de se debater a escassez de recursos naturais como a água. Segundo relatório da Organização das Nações Unidas (ONU), a previsão é de que a falta de água afetará cerca de 5 bilhões de pessoas no mundo até o ano de 2050. Não abordar esse assunto só porque ele é polêmico, não nos livrará dos efeitos disso num futuro (muito) próximo. O adiamento deste tipo de discussão certamente nos levará a necessidade de lidar com fenômenos climáticos cada vez mais trágicos e com grande potencial destrutivo. É impossível falarmos de avanços tecnólogicos sem pensarmos na urgente mudança nas formas de consumo.


 

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