Protagonista no cenário político de Santa Catarina, a deputada federal Geovânia de Sá (PSDB) não se reelegeu, mesmo recebendo 84.454 votos. Faltaram apenas 193 votos na legenda para que ela também fosse eleita (voto na legenda significa que não precisariam ser votos na candidata Geovânia e, sim, em qualquer outro candidato de seu partido). Embora não tenha conseguido se eleger, De Sá deve voltar à Câmara Federal já que Carmen Zanotto, que foi quem ficou com a vaga da federação PSDB e Cidadania, é a favorita para assumir a Scretaria da Saúde num provável governo Jorginho Mello, abrindo a vaga da 1ª suplência (Geovânia).
A parlamentar foi a entrevistada no Programa Adelor Lessa na última sexta-feira (21) e, entre outras declarações, foi enfática ao dizer que não apoiou Eduardo Leite (ex-governador do RS e pré-candidato a presidente, ainda em 2021). É que ainda no período da pré-campanha, no ano passado, Geovânia de Sá, presidente estadual de seu partido, perdeu parte do apoio que recebia de apoiadores evangélicos. A polêmica começou por ocasião da visita à Santa Catarina do então pré-candidato a presidente, Eduardo Leite. Uma ala de apoiadores da igreja viu no gesto da deputada, um apoio ao candidato que eles não aprovavam. Durante a entrevista questionei a parlamentar se ela se arrependia desse apoio.
Ela respondeu assim:
“Eu não apoiei o Eduardo Leite. Eu recebi o Eduardo Leite, como recebi todos que eram pré-candidatos (em referência ao João Dória, que disputava as prévias com Leite). Eu estava lá recebendo ele de forma educada, como sempre aprendi. Deturparam uma informação. Não sei quais interesses tinha por trás disso. Poderia ter sido qualquer candidato. Parece que resumiram toda minha história a isso”.
Em meia hora de conversa, a deputada federal relembrou que votou com o Presidente Jair Bolsonaro nas pautas mais difíceis de aprovar. Além disso, falou sobre uma possível candidatura a prefeita de Criciúma, quando disse “eu me preparei pra isso”. Ainda durante a entrevista, mencionou a necessidade de que seu partido se reorganize e volte a ser, em suas palavras, “uma verdadeira social democracia”. Se considera trocar de partido e se sentiu que faltou o PSDB abraçar mais sua candidatura, também foram assuntos abordados.
A entrevista está no spotify, no link a seguir e começa em 1'6".