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Luciane Ceretta está entre as vencedoras do Prêmio Mulheres na Ciência

Reitora da Unesc e presidente da Acafe é uma das três escolhidas entre 35 indicadas do país todo para receber a honraria da Câmara dos Deputados

Por Maga Stopassoli 27/04/2023 - 10:11 Atualizado em 27/04/2023 - 10:15

A reitora da Unesc e presidente da Associação Catarinense das Fundações Educacionais (Acafe), professora doutora Luciane Bisognin Ceretta, está entre as cientistas brasileiras eleitas para receber o Prêmio Mulheres na Ciência Amélia Império Hamburger.

A honraria é concedida anualmente pela Câmara dos Deputados a três cientistas que se destacam por suas contribuições para a pesquisa científica nas áreas de ciências exatas, ciências naturais e ciências humanas.

Ao todo, 35 cientistas concorreram ao prêmio. O nome de Luciane foi indicado pela deputada federal Geovania de Sá e passou por votação direta do Conselho Deliberativo da Câmara dos Deputados.

“Esta premiação é o reconhecimento da excelência da participação feminina na solução dos grandes desafios da humanidade e um estímulo à capacitação de mais mulheres na ciência. Estamos muito felizes com mais esta conquista para Santa Catarina, em especial para o nosso Sul”, destaca Geovania.

Ainda de acordo com a deputada, a reitora da Unesc e presidente da Acafe foi indicada ao prêmio por sua trajetória de vida dedicada à educação, à saúde e à ciência.

“Participar do prêmio como indicada já é de grande reconhecimento, porém, figurar entre as três agraciadas com a honraria produz muito significado e é fonte de motivação para continuar trilhando o caminho da ciência com excelência, que tanto representa o que acredito e defendo. Compartilho este resultado com os cientistas que compõem os grupos de pesquisa dos quais participo e com quem tenho a honra de desenvolver a produção do conhecimento, mas também com toda a Unesc que me possibilita desenvolver as atividades de ciencia e educação” afirma Luciane.

Ampla contribuição

Luciane Bisognin Ceretta iniciou a trajetória na pesquisa ainda na graduação, em projetos de iniciação científica, voltados a estudantes que desejam seguir uma carreira acadêmica. Participação que foi decisiva para abrir caminho na docência e, futuramente, atuar como cientista. 

“A ciência é um lugar que deve ser ocupado pelas mulheres e a produção intelectual, advinda desses esforços, produz impacto de alto valor na sociedade. Sinto-me muito honrada, mas também com responsabilidade ampliada na referência para outras mulheres, sobretudo nossas esrudantes com quem compartilho os espaços de construção do conhecimento. Todas elas podem ocupar esses lugares se assim desejarem, o que requer esforço e dedicação, enfatiza a reitora.

Desde 2011, quando ingressou em um Programa de Pesquisa de Mestrado e Doutorado, como pesquisadora e orientadora, a reitora da Unesc e presidente da Acafe já atuou em várias e importantes pesquisas, tendo publicado quase 150 artigos científicos, livros e capítulos de livros.

No portfólio de contribuições de Luciane à pesquisa ainda estão mais de 300 pesquisas, 150 artigos, 28 livros como autora ou organizadora e 16 capítulos de livros, além do desenvolvimento de 18 produtos tecnológicos que impactam a educação universitária e a saúde.

“Entre as tantas pesquisas que participamos, cito três principais que beneficiam muito a sociedade e acredito tenham sido decisivas nessa escolha: A educação e saúde intensiva e o autocuidado na atenção primária em saúde para pacientes com diabetes tipo 2: um ensaio clínico randomizado’; ‘COH-FIT: um estudo colaborativo entre 35 países para avaliar o impacto da Covid-19 sobre a saúde mental da população’; e a ‘Análise do impacto da Covid-19 sobre padrões de memória e cognição da população’, um estudo em colaboração com três universidades catarinenses”,  todas elas relacionadas aos efeitos da pandemia sobre a vida humana, cita a homenageada.

Outros projetos

Luciane tem ainda participação efetiva na implantação de diversos programas estruturantes que impactam o desenvolvimento social e econômico do Sul catarinense e é reconhecida pela ampla defesa ao ensino superior e às instituições de ensino superior comunitárias catarinenses. A gestora e pesquisadora integra os Conselhos Nacional e Estadual de Educação, a diretoria executiva do Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras (CRUB) e é membro do conselho fiscal da Associação Brasileira de Universidades Comunitárias (Abruc).

As demais premiadas

Além de Luciane, as cientistas Deborah Carvalho Malta, da Universidade Federal de Belo Horizonte, e Eliete Bouskela, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, também serão agraciadas com a honraria. Luciane é a única premiada do segmento das universidades comunitárias brasileiras. A entrega do Prêmio Mulheres na Ciência 2023 está prevista para ocorrer, em julho, no Salão Nobre da Câmara dos Deputados. 

Sobre Amélia Império Hamburger

O nome dado ao prêmio é uma homenagem à Amélia Império Hamburger física, professora, pesquisadora e divulgadora científica brasileira. Com trabalhos em diversas áreas da física, Amélia realizou incursões pela epistemologia e história das ciências, motivada por interesses no ensino de física e na preservação da memória da ciência no Brasil. Ela foi uma das pioneiras da ciência no país. 

Sobre a votação

As agraciadas ao Prêmio Mulheres na Ciência 2023 foram eleitas pelo Conselho Deliberativo formado pelos membros: Segunda-Secretária; Presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher; Presidente da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática; e um representante de cada partido político com assento na Câmara dos Deputados, indicado pelo respectivo Líder. 

Medalha do Legislativo

Em 2022, também por indicação da parlamentar, os líderes religiosos Pastor Roberto Ohlweiler, presidente da Assembleia de Deus de Criciúma, e Dom Jacinto Inácio Flach, bispo da Diocese de Criciúma, foram agraciados com a Medalha do Legislativo, a maior honraria da Câmara dos Deputados.

Foto: Marciano Bortolin/Agecom/Unesc

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