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Novela do pix das obras: TCE orienta que o governo faça os pagamentos

As recomendações são para que o Governo elabore imediatamente planos de ação para continuidade dos repasses

Por Maga Stopassoli 31/05/2023 - 15:34 Atualizado em 31/05/2023 - 15:36

Uma publicação no site do Tribunal de Contas do Estado de Santa Catarina na manhã desta quarta-feira (31) diz que o conselheiro José Nei Ascari encaminhou orientações e recomendações ao Governo do Estado e ao secretário de Infraestrutura para que elaborem imediatamente planos de ação para a continuidade dos repasses regidos pelo decreto 83/2023 que envolve as transferências especiais. A orientação do órgão é um desdobramento do resultado da audiência pública ocorrida ontem na Alesc, que tratou sobre um assunto delicado no momento para o governo do Estado: os pagamentos via pix para obras já iniciadas. Clique aqui para entender.

Veja o que diz a nota do TCE

"Trata-se da adoção de medidas de orientação e de correção em decorrência da constatação de distorções entre os dados apresentados pela Secretaria de Estado da Infraestrutura, os dados extraídos do Portal SCTransferências e as respostas dos municípios ao questionário realizado pelo TCE/SC, concluindo que há grande número de obras paralisadas, abandonadas, canceladas, atrasadas ou em ritmo lento, não sendo possível identificar as obras paradas e os motivos das paralisações, bem como quais obras serão continuadas ou identificação de irregularidades técnicas ou de orçamentos", explica o conselheiro em seu despacho. 
São dois planos de ação pedidos.
O primeiro trata de 536 transferências especiais já iniciadas a serem ajustadas a um novo regramento (convertidas em convênios), num total de R$ 1,044 bilhão, que tem a Secretaria de Estado da Infraestrutura (SIE) como unidade gestora, segundo dados compilados do Portal SCTransferências. Neste ponto, o relator considerou um fator de risco a "já declarada reduzida capacidade da equipe da SIE para a apreciação dos novos convênios a serem firmados e os dados apresentados pelos próprios municípios", que indicam o atraso nos repasses como o principal motivo das efetivas paralisações. 
O segundo plano deve ser elaborado juntamente com os municípios para a redução dos efeitos da suspensão das transferências especiais que não tiveram repasses iniciados, num total de 794, segundo dados compilados do Portal SCTransferências, também tendo a SIE como unidade gestora. Essas transferências não estão previstas no novo decreto que determina a transformação em convênios. Na prática, as prefeituras iniciaram ações com base nos acordos assinados antes que houvesse o recebimento dos recursos, e agora não possuem mecanismos para solicitar a continuidade dos repasses, estando, portanto, sem expectativa de retomada das obras frente ao novo regramento."


Na manhã desta quarta, o deputado Tiago Zilli (MDB) proponente da audiência pública sobre o tema, concedeu entrevista no quadro Plenário, no Programa Adelor Lessa. Ele falou sobre o anúncio do governo de que todas as obras precisariam de novos convênios. Ouça aqui o que disse o deputado. 

 

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