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Na próxima segunda-feira (26), completam-se três semanas desde a operação Caronte em Criciúma que apura denúncias de supostas irregularidades na prestação de serviços funerários no município. A ação prendeu sete pessoas, entre elas, um ex-secretário municipal, além de cumprir mandado de busca e apreensão na casa do prefeito e em seu gabinete, na prefeitura e levantou sérias questões sobre a transparência e a integridade nos serviços públicos da cidade. Apesar da gravidade das denúncias, a Câmara de Vereadores parece ter adotando uma postura de indiferença sobre o assunto. Até o momento, não houve qualquer cobrança pública, manifestação oficial da Casa Legislativa ou posicionamento conjunto dos vereadores sobre o caso. Esse silêncio levanta questionamentos sobre o comprometimento dos representantes eleitos em defender os interesses da população e garantir a devida investigação dos fatos.
Por outro lado, ganhou destaque na última semana a possibilidade de início da construção da nova sede da Câmara, um projeto com orçamento previsto de quase 20 milhões de reais. É urgente a construção de local adequado para a Câmara, e é igualmente urgente que os representates dos criciumenses se manifestem sobre este tema tão sensível e que afeta diretamente a população em momentos de luto e vulnerabilidade. A falta de transparência e a aparente negligência em abordar o assunto abertamente podem minar a confiança dos cidadãos nas instituições públicas.
Por que a maioria absoluta dos vereadores, que foram eleitos para representar e defender os interesses da população, permanecem em silêncio diante de questões tão sérias? Essa omissão sugere um possível desinteresse em promover uma administração pública transparente e responsável. Em uma democracia, o silêncio diante de escândalos e denúncias pode ser tão prejudicial quanto a própria corrupção. A população de Criciúma merece respostas e ações concretas. É fundamental que a Câmara de Vereadores tome uma posição clara e se comprometa a investigar as irregularidades apontadas, assegurando que a verdade venha à tona e que os responsáveis sejam devidamente responsabilizados.
