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Propaganda eleitoral no rádio e na tv: e eu com isso?

Propagandas do 2º turno começaram hoje

Por Maga Stopassoli 07/10/2022 - 20:06 Atualizado em 07/10/2022 - 20:17

Começou nesta sexta-feira (7) e vai até o dia 28 de outubro a propaganda eleitoral gratuita (mas não muito), no rádio e na tv. Aqui em Santa Catarina, onde haverá 2º turno, o eleitor vai poder acompanhar a propaganda dos candidatos ao Governo do Estado, Décio Lima e Jorginho Mello e também para Presidente, na disputa entre Lula e Bolsonaro.

É nessa hora que o eleitor deve pensar:

- Tá, mas e eu com isso?

Vamos combinar que assistir propaganda eleitoral não é lá uma das coisas mais interessantes de se fazer. Imagina você, no seu momento de descanso, à noite, pensando: “nossa, queria tanto ver uma propaganda eleitoral agora pra dar uma distraída!”. Mas é do jogo. Faz parte do processo eleitoral. O eleitor deve ter direito ao acesso à propaganda dos candidatos que, por sua vez, tem a obrigação de bem comunicar suas propostas. Ou seria o candidato que tem o direito de falar de suas propostas e, o eleitor, o dever de assistir para fazer uma boa escolha na urna? Enquanto você decide qual é a melhor teoria, vamos falar dos candidatos que voltaram à cena hoje, mas não sem antes pontuar que:

O jogo virou, queridinhos

Antigamente, as peças publicitárias de um candidato tinham o poder de atrair voto e mudar o resultado de uma eleição. Só que desde 2018, essa lógica parece ter ficado para trás. Se antes a equipe de marketing traçava uma estratégia e conduzia o eleitor, primeiro atraindo sua atenção e depois convertendo essa atenção em voto, (como se fosse um funil de vendas), agora, o eleitor “diz” o que quer ver na propaganda de quem ele pretende votar. É ele, o eleitor, quem dá as cartas. Se havia restado alguma dúvida sobre isso lá em 2018, a eleição do último domingo, sacramentou. O eleitor é o dono da bola e, parece que o jogo virou.

Décio Lima: o que Bolsonaro fez em SC?

Com essa pergunta, o candidato a governador, Décio Lima (PT), abriu o primeiro programa de tv dessa segunda temporada de “Santa Catarina”. Ao melhor estilo lulista e sem medo de ser feliz, o candidato do PT citou nomes, provocou, falou de Lula, e foi pra cima de Bolsonaro e de Jorginho Mello, criticando as motociatas e cortes de verbas federais para o estado. Nos cinco minutos de duração, também teve imagens de bastidores do momento da apuração dos votos, trechos do comício de Lula em Florianópolis e propostas.

Jorginho Mello: agradecimento e vínculo com Bolsonaro

Com a segurança de quem sobreviveu ao 1º turno e captou a mensagem do que o eleitor quer ver na tv, Jorginho Mello deu continuidade ao que já vinha fazendo: vincular sua candidatura a Jair Bolsonaro. No vídeo que foi ao ar hoje, também com duração de cinco minutos, Jorginho cita o expressivo número de eleitos pelo PL, chama o Presidente de capitão e agradece os votos que recebeu. No recheio da peça de campanha, o candidato faz um breve resume de sua vida e lembra que nunca perdeu uma eleição.

62,21% x 29,54%

Enquanto Décio Lima tenta não demonstrar preocupação com as estatísticas que não estão a seu favor, no estado que votou massivamente em Bolsonaro, Jorginho Mello deixa claro que está só administrando o jogo. Ambos adotaram estratégias diferentes um do outro neste primeiro dia de propaganda do 2º turno. Enquanto Décio faz críticas ao atual Presidente com a estratégia de virar votos para Lula, Jorginho Mello passeia de verde e amarelo, sem fazer muitos ataques. No último domingo, Santa Catarina deu 62% de votos a Jair Bolsonaro, percentual que deve se repetir e até aumentar no próximo dia 30. Eleitoralmente, é como se Jorginho não tivesse muito mais o que fazer além de citar Jair Bolsonaro repetidamente. Já Décio Lima trabalhar para tentar virar esse jogo, ou, pelo menos, aumentar o percentual de Lula por aqui.

Por fim,

Tanto o candidato que nunca perdeu uma eleição, quanto o candidato que fez história na esquerda catarinense, indo para o 2º turno, sabem que atrair a atenção do eleitor não é tarefa fácil. Mas sabem, também, que o eleitor nunca esteve tão atento ao que dizem os postulantes às vagas de emprego abertas de quatro em quatro anos no Brasil.

 

 

 

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