O último debate entre os candidatos ao governo do estado em Santa Catarina, promovido pela NSC e que foi ao ar na noite desta terça-feira (27) não teve grandes emoções. Mas a essa altura do campeonato e com as pesquisas indicando que as coisas não estão definidas, você sabe: um risco vira Francisco.
Foi o que aconteceu no penúltimo bloco do debate de ontem. O governador licenciado e candidato à reeleição, Carlos Moisés (Republicanos) deu uma declaração em resposta ao candidato Jorginho Mello (PL) que acabou sendo o ponto alto da noite. Veja:
“- Bom, já que você quer que eu fale a verdade. A Casan está em boas mãos, o Estado está investindo, são 3 bilhões na Celesc, investimentos altíssimos na Casan. Porque nós temos integridade, cuidamos dos contratos públicos. Diferentemente de você, que me procurou para eu não mexer em um contrato público que eu revisei, e economizei. Era R$ 100 milhões por ano, baixou para R$ 50 milhões”, disparou Moisés.
Mello reagiu imediatamente à fala do adversário, chamando-o de mentiroso e que ele teria de provar o que disse. Nesta quarta-feira, tanto Jorginho quanto Moisés estiveram em Criciúma para atos de campanha com seus apoiadores, mas a pergunta de milhões, foi: que contrato é esse, Moisés?
No fim do dia, Moisés falou com o blog por vídeo e em pouco mais de cinco minutos de conversa, respondeu que se tratava de um contrato do sistema prisional e que o encontro entre ele e o então senador teria acontecido no final de 2020. O candidato aproveitou para, mais uma vez, alfinetar Jorginho Mello e disse: “Se você perguntar pras lideranças políticas de Santa Catarina quem é Jorginho Mello, não tem um que dê uma referência boa. Eu realmente fico impressionado. Se tem uma unanimidade é isso”, disparou.
Assista aqui:
Mais cedo, o jornalista Upiara Boschi publicou em seu site a informação de que Jorginho Mello havia protocolado uma ação por danos morais contra Carlos Moisés. Ainda durante a tarde, o candidato do Progressistas, Esperidião Amin, também entrou na conversa e apresentou notícia-crime contra Jorginho Mello para que o Ministério Público do Estado de Santa Catarina apure a denúncia que Carlos Moisés fez ontem no debate da NSC TV, ao afirmar que Jorginho teria solicitado ao governador para que não interferisse num contrato público de seu interesse, o que, se confirmado, pode configurar crime contra a Administração Pública estadual.
Em entrevista ao jornalista Adelor Lessa, Jorginho Mello negou que a conversa citada por Moisés tenha acontecido.