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Salvaro diz que quer ver Arleu prefeito, alfineta Moisés e diz que "espera muito" de Jorginho

Prefeito de Criciúma disse, ainda, que o "raio não cai duas vezes no mesmo lugar", sobre apoiar um candidato

Por Maga Stopassoli 28/02/2023 - 13:59 Atualizado em 28/02/2023 - 13:59

Até as pedras da rua sabem que a eleição municipal de Criciúma de 2024, já começou. Prova disso é a recente mudança de função de dois dos principais nomes de confiança do atual prefeito, Clésio Salvaro (PSDB). A ida do vereador Arleu da Silveira (PSDB) para a Secretaria-Geral do governo, função que já ocupou, comprova isso. Mesmo assim, Salvaro fez questão de ressaltar que “ano ímpar é melhor pra governar porque é o ano que não tem eleição”. O prefeito sabe que pode não ter eleição, mas tem a construção da eleição seguinte. E é isso que estamos vendo acontecer em Criciúma.

Na entrevista que concedeu na manhã desta terça-feira (28), à Som Maior, o prefeito tucano não escondeu sua vontade de que o vereador Arleu da Silveira seja o seu sucessor. Também não fez questão de economizar nas alfinetadas distribuídas ao ex-governador Moisés, além de confessar que espera muito, “muito mesmo”, do atual governador do estado, Jorginho Mello (PL).

“Quase R$ 60 milhões daquilo que fora prometido pelo governo do estado acabou sendo anulado no último dia do ano de 2022 por conta de um ato do ex-governador Carlos Moisés, mas mesmo assim não sofrerá processo de descontinuidade nenhuma das obras. Todas vão continuar no ritmo que estavam programadas. Algumas com recursos próprios, outras com financiamento, e outras nós estamos buscando recursos junto do governo do estado”, pontuou.

No mesmo tom, o prefeito relembrou que em menos de dois meses do atual governo, já foi recebido por Jorginho Mello mais vezes do que por Moisés nos dois primeiros anos de governo. A boa relação com Jorginho, segundo Salvaro, vem da época em que foram deputados juntos e ele deposita nisso, sua confiança para trazer recursos para Criciúma. Quem também não foi economizado por Salvaro, na entrevista de hoje, foi o ex-presidente, Jair Bolsonaro (PL). Segundo ele, nos quatro anos de seu governo, Bolsonaro não destinou verbas para nenhum projeto de Criciúma.

"Durante os 4 anos do governo Bolsonaro, nós não tivemos um único centavo de reais aqui, empregados na cidade e não por falta de projetos. Nós apresentamos muitos projetos, mas não veio absolutamente nada (de verba federal)”.

Vale lembrar que na eleição presidencial, Salvaro declarou apoio a Bolsonaro, uma decisão estratégica, que levou em conta o cenário daquele ano, em que o eleitor estava dividido entre direita e esquerda.

“A gente ficou prestando atenção assim: o que leva o eleitor pra urna? O que faz as pessoas ir pra rua pedir voto pra um candidato? Nas eleições de 2018 e 2022 não foi avaliado a entrega (o trabalho). Isso não valeu. O que valeu foi o radicalismo. Ou você é de direita ou de esquerda. Eu não sou nem da extrema-direita, nem da extrema esquerda. Eu sou daqueles que prefiro trabalhar olhando pra frente. O Brasil não cresce nem pela direita, nem pela esquerda. Ano passado a gente percebia que não seria a política da entrega, mas a política do radicalismo e se confirmou exatamente isso na urna”.

Ainda sobre as eleições do ano passado quando chegou a figurar entre os possíveis candidatos a vice-governador, Salvaro disse que nunca chegou a cogitar a ideia de deixar a prefeitura para concorrer.

"Fui a Chapecó naquele momento. Nunca passou pela minha cabeça ser vice-governador e renunciar à pref. de Criciúma. Estava determinado a não renunciar ao mandato de prefeito".

Mas o grande assunto da entrevista era mesmo a eleição do ano que vem. E ao falarmos sobre o nome que será apoiado por Clésio Salvaro em 2024, voltamos no tempo e lembramos das eleições suplementares de 2013, quando ele apoiou Márcio Búrigo (e essa história você já conhece). Perguntei ao prefeito se ele não tinha receio de a história se repetir. E ele respondeu assim:

“Aquilo foi trágico. Criciúma não vai viver aquilo de novo, nunca mais. O raio não cai duas vezes no mesmo lugar."

Desde que o assunto “sucessão de Salvaro” voltou à tona, o chefe do executivo criciumense tem dado a entender que se a definição do nome que irá para a urna em seu lugar, fosse hoje, Arleu da Silveira seria seu indicado. Mas talvez nunca tenha falado com tanta ênfase como fez hoje, ao fazer a defesa dos motivos pelos quais acredita que o vereador tucano seja a melhor escolha.

“Arleu é um bom nome que Criciúma tem para governar a nossa cidade, assim como temos outros bons nomes do meu partido e de outros partidos. Mas eu gostaria muito de vê-lo governando essa cidade e sendo prefeito de Criciúma. Ele tem me acompanhado desde o início, desde que fui eleito prefeito pela primeira vez, ele foi meu secretário-geral. E um governo passa por momentos difíceis, ele superou isso tudo junto comigo. Geovania [De Sá] é um bom nome, mas é deputada e tem que continuar nos representando em Brasília. O Acélio [Casagrande] teve uma grande oportunidade, fez uma votação extraordinária, a maior de um deputado estadual de Criciúma. Pode ser o Arleu, gostaria muito (que fosse), pode ser o Vagner, pode ser o Celito, a Geovania, mas aquele que tem a melhor condição de dar continuidade a esse governo que estamos fazendo”, disse.

Por outro lado, a mudança de função que a partir de hoje coloca seu pupilo em posição de destaque, pode ser interpretada como um teste de desempenho. Embora já tenha sido secretário-geral em outro momento do governo Salvaro, os tempos agora são outros, assim como os desafios e o modo como será observado. É a chance de ouro que Arleu ganhou para mostrar que tem o perfil que Salvaro busca para sentar na cadeira mais desejada de Criciúma: a de prefeito da cidade.

Foto: Georgia Gava/4oito.

Ouça a entrevista completa aqui: 

 

 

 

 

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