*Por Thiago Silva*
Desde que o portal alemão Sky Sports anunciou na última quinta-feira dia 3 de março que a equipe americana já teria decidido romper contrato com o piloto russo Nikita Mazepin, devido às sanções esportivas aplicadas à Rússia, e com isso, Pietro Fittipaldi atual piloto reserva, seria promovido para a vaga titular. A primeira notícia se confirmou, a Haas encerrou os contratos com Mazepin e o patrocinador, porém Pietro ainda não foi efetivado e as declarações vindas de dentro da equipe soam negativas para o brasileiro.
Com a Fórmula 1 ainda em pré-temporada, Pietro seria piloto nos testes do Bahrein, cumprindo com a sua função de piloto de testes. O proprietário da equipe, Eugene Haas comentou sobre as especulações a respeito do novo piloto para a temporada de 2022, “Pietro definitivamente estará nos testes. É para isso que ele está ali, ele é nosso piloto de testes. Estamos analisando vários candidatos, vendo quem está disponível e com o que temos que lidar, mas teremos alguém até quarta-feira. Certamente gostaríamos de alguém com um pouco mais de experiência de verdade, mas precisamos ver o que há para nós.” Afirmou o americano.
Com essa declaração nomes como o do italiano Antonio Giovinazzi e o alemão Nico Hulkenberg, entraram na pauta por serem pilotos com uma considerável experiência dentro da categoria, Giovinazzi com 54 GPs e Hulkenberg com 184. Pietro conta com a preferência do chefe da equipe, Gunther Steiner, que ainda o enxerga como o principal nome para assumir a vaga em aberto na equipe.
A comunidade brasileira se movimentou com essas especulações, a hashtag #PietroOnHaas esteve em primeiro lugar nos tópicos mais comentados do Twitter. Essa mobilização midiática era também uma forma de chamar a atenção de possíveis marcas e empresas brasileiras que pudessem patrocinar a participação do brasileiro no grid da Fórmula 1.
Pietro mesmo sendo um piloto jovem, possui uma vasta experiência dentro do automobilismo em geral, com participações na Stock Car, Fórmula Indy e a Euro Le Mans Series, o brasileiro também já esteve em duas etapas da Fórmula 1 em 2020, quando substituiu o francês Romain Grosjean após um grave acidente no Bahrein daquele mesmo ano.
Pietro nesse exato momento não é o piloto que oferece o melhor aporte financeiro, nem a maior bagagem como piloto na F1, olhando por esse ângulo não encontramos nenhum motivo que o credencie para tal vaga, mas precisamos levar em conta que Pietro é sem dúvidas o piloto que mais conhece a equipe, o carro, o modo de trabalhar e ainda conta com uma legião de fãs vinda da comunidade dos esportes eletrônicos liderada pelo Streamer Alexandre (Gaules), hoje um dos maiores do mundo nesse seguimento, dessa maneira Pietro é um piloto com muito engajamento entre o público jovem, que é o público que a Fórmula 1 vem tentando reconquistar nos últimos anos.
As cartas estão na mesa, em breve termos o anúncio definitivo vindo da Haas, mas não podemos deixar de enxergar toda essa comoção como um indício de que o brasileiro ainda se interessa com a F1, e aguarda ansiosamente a chance de voltar a torcer nas nossas manhãs dominicais.