Nesta terça feira, 29, o Brasil venceu a Bolívia pelo placar de 4 a 0 e finalizou sua participação com chave de ouro nas Eliminatórias para a Copa do Catar em novembro. Esse confronto tinha um ingrediente especial, a seleção comandada por Tite se tornou a primeira equipe que fez 48 pontos em toda história dos jogos de eliminatórias na América do Sul, superando a Argentina em 2002. São números incontestáveis, 17 jogos, 14 vitórias e três empates, com 40 gols marcados e apenas cinco sofridos. Mas será que é suficiente para enfrentar as seleções da Europa em alto nível lá em novembro? O recente histórico não é nada vantajoso.
A seleção pentacampeã do mundo, de 2006 até 2018, teve eliminações melancólicas, e posso citar duas copas que me marcaram negativamente.
COPA 2006
Brasil x França - O resultado em si por 1 a 0 não foi nada humilhante, perdemos para uma seleção de Zidane e Thierry Henry que estava no auge da sua carreira. O grande problema foi o desperdício de ter uma das melhores seleções de todos os tempos. Nossa seleção canarinho tinha um craque pra cada posição, literalmente, quem no mundo tinha nomes como Kaká, Ronaldinho Gaúcho, Adriano e Ronaldo? O famoso quarteto mágico, mas infelizmente não vingou.
COPA 2014
Alemanha e Mineirão, essas duas palavrinhas causam um verdadeiro mal estar entre nós brasileiros, palavras essas que tem muito em comum, pois foi na Copa do Brasil, no Mineirão, diante da poderosa Alemanha, que tivemos o maior vexame em copas de toda a história, aquele placar famoso de 7 a 1. Como dizia o Galvão Bueno, “lá vem eles de novo".
Falta muito para apontar um grande favorito, afinal temos pela frente mais de sete meses para o pontapé inicial da Copa no Catar. Jogadores que estão em alto nível atualmente, podem chegar abaixo do esperado e vice versa. A seleção parece estar desenhada na cabeça do Tite, faltando uma peça a ser definida aqui ou ali, cabe a nós ter a esperança que dias melhores virão, e que nossa equipe consiga superar as expectativas e se tornar a primeira seleção hexacampeã mundial.