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Reportagem Especial

8 de março: lutas diárias por direitos merecidos

No dia delas, convidadas do programa Adelor Lessa ressaltaram a igualdade de gênero e a proteção contra violência como uma bandeira a ser levantada nesse dia.

Por Enio Biz Criciúma, SC, 08/03/2022 - 18:00 Atualizado em 08/03/2022 - 19:56
Desembargadora Salete, uma referência no Judiciário pelo direito das mulheres / Foto: Miriam Zomer / Agência AL
Desembargadora Salete, uma referência no Judiciário pelo direito das mulheres / Foto: Miriam Zomer / Agência AL

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Hoje, 8 de março, é o Dia Internacional da Mulher. Dia de refletir e discutir suas lutas, causas e direitos de proteção. O programa Adelor Lessa desta terça-feira (8), na Rádio Som Maior, homenageou e ouviu diversas mulheres, representantes dos mais diversos setores da sociedade. Acompanhe a participação de cada uma delas:

Salete Somariva (Desembargadora)

"Esse trabalho desenvolvido, ao longo desses anos junto ao Tribunal de Justiça, é um trabalho de relevância. Embora até alguns anos atrás, não se tivesse a consciência da dimensão desse problema da violênciaq doméstica, felizmente o tempo passou e demonstrou que era uma causa muito grave e todos tinham que estar atentos, não só a justiça, mas todos os poderes, toda a sociedade, deveria estar atenta a esse problema grave que assola, não só o nosso país, mas o mundo. Lamentavelmente, somos o quinto país do mundo que mais mata suas mulheres. Então isso realmente mostra a gravidade da situação. Embora nosso trabalho árduo, contínuo, efetivo, esse números de feminicídio ainda não conseguimos reduzir. E nem vamos reduzir a curto prazo. Nós estamos conseguindo fazer uma mudança significativa com os jovens. Agora, esses homens ele vem, já de décadas, com aquele machismo estruturalque permeou o nosso Brasil desde o seu descobrimento, onde a mulher não tinha nenhum registro, era apenas uma coisa, e essa cultura lamentavelmente se postergou ao longo dos séculos, e hoje ainda não conseguimos atingir esses homens. Esses homens que matam e os casos mais inesperados surgem. É um trabalho a longo prazo que começa a ser feito agora em atendimento aos homens, através dos grupos reflexivos. Esse projeto foi lançado em Santa Catarina e se tornou nacional. Nós conseguimos dar a mulher condições para que ela viesse fazer o seu registro de violência, e nós conseguimos uma conscientização da população. Agora, temos que atingir essa faixa desses homens. Em 90% dos casos, eles matam suas companheiras pelo fato de elas não os quererem mais. Eles tem a consciência de que a mulher é sua posse, sua propriedade, e que ela jamais terá qualquer espécia de liberdade. Lamentavelmente termina em tragédia".

Foto: Fábio Queiroz / Agência AL


Roseli de Lucca (vereadora, presidente da Câmara de Criciúma)

"Vamos começar com a tribuna livre, onde teremos a presidente do Conselho da Mulher de Criciúma, e também o pessoal do Clube Catarina, que estará falando sobre a situação das mulheres em Criciúma. Teremos, ainda hoje, uma votação de uma resolução que cria a Procuradoria da Mulher na Câmara de vEREADORES. eSSA Procuradoria já tem no Congresso Nacional, no Senado, em algumas cidades de Santa Catarina, na Assembléia Legislativa, e é um espaço aonde as mulheres poderão fazer as suas denúncias. Muitas vezes, as mulheres não tem coragem de ir a uma delegacia ou um fórum, mas a Câmara de Vereadores, que é um lugar do povo, esperamos que ela se sinta a vontade de ir, e faremos a intermediação dessa mulher. Vamos, ainda, realizar vários projetos para o desenvolvimento da mnulher, ou seja, capacitação e curso para elas. É uma resolução que partiu da mesa diretora, e eu como presidente não poderia deixar de passar esse ano de mandato sem criar a Procuradoria da Mulher de Criciúma".

Foto: Arquivo / 4oito

Ivone Minatto (vereadora, presidente em exercício da Câmara de Forquilhinha)

"Foi uma sessão extraordinária. Acho que Forquilhinha jamais viu uma sessão como ontem. Eu ainda estou anestesiada. Eu tenho cinco mandatos, mas eu nunca vi e ouvi, dentro de um plenário, nove mulheres dirigindo uma sessão. Na possibilidade de presidente, conduzir os trabalhos, vendo sete suplentes, porém, muito bem preparadas, prontas para exercer mandato em 2024. Ontem, foi votado e criado o Conselho Municipal do Direito da Mulher de Forquilhinha, com isso tem a finalidade de possibilitar a participação popular, e propôr diretrizes de ação municipal voltadas ao direito das mulheres. Além de atuar no controle de políticas públicas, na igualdade de gêneros, assim como exercer a orientação motivada e construtivasobre os direitos das mulheres no município de Forquilhinha".

Foto: Divulgação

Luciane Ceretta (reitora da Unesc)

"Nós todas, nos diferentes lugares que ocupamos, temos lutas cotidianas, diárias, em busca daquilo que acreditamos ou que nos é oportunizada. Eu sou privilegiada por fazer a gestão de uma grande universidade, com um público bastante feminino, não apenas na gestão, mas na comunidade acadêmica, enfrentando desafios cotidianos, com uma dupla ou tripla missão de superar todas as condições históricas que colocam a mulher na condição de serviência e que, portanto, estar a frente de uma grande universidade implica para além do cabedal de atitudes, comportamentos, competências e habilidades. Implica em ampliar isso de um modo significativo, justamente por ser mulher, e esse lugar que ocupo me ensinou muito isso".

Foto: Arquivo / 4oito

Rosana Corrêa (advogada e vice-presidente da OAB Criciúma)

"8 de março representa dias de glória e dias de luta. Dias de glória pelo reconhecimento e reflexão ao belo legado deixado pelas nossas antecessoras. Na busca pelos nossos direitos. E dias de lutas porque a nossa geração luta pelo reconhecimento, fiscalização e o cumprimento desses direitos. Uma sociedade que não respeita suas mulheres é uma sociedade órfã".

Dalvânia Cardoso (prefeita de Içara)

"Atribui-se o Dia Internacional da Mulher, a luta das 129 mulheres operárias de Nova Iorque que morreram carbonizadas em um ato de covardia e de violência em um incêndio numa fábrica de costura. Por isso a nossa reverência a memória dessas batalhadoras e o nosso reconhecimento a todas as mulheres, mães, cidadãs, mulheres trabalhadoras que dão o seu melhor pela sua família, pela sociedade e pela sua cidade. É na delicadeza que habita a nossa força, mas é na resiliência que demonstramos o nosso poder".

Foto: Maria Henrique Leandro / 4oito

Priscila Medicina (feminista)

"O dia 8 de março representa mais do que o Dia da Mulher, e sim, um dia alusivo à luta das mulheres a favor dos seus direitos, processo político e história que acontece mundo a fora a décadas, e que visa buscar a igualdade entre homens e mulheres. É um mês muito importante para conscientização daquelas que ainda não entenderam seu papel fundamental na sociedades e todos os direitos que elas devem obter".

Pity Búrigo (representando as mulheres da Rádio Som Maior)

"Ser mulher é algo tão doido que somos capazes de carregar dentro da gente, durante nove meses, um outro ser humano. E eu atualmente vivendo essa fase, expericiando a maternidade, me pego pensando que pena que pais dedicados, avôs tão corujas, passarão por essa vida sem sentir a dimensão do que é gerar um filho dentro do próprio ventre. Penso que esse é o milagre da vida e que este é o nosso super poder".

Débora Borba (Psicóloga)

"Mulher significa muita coisa. Ser mulher, desde quando nascemos, já nos é dito que podemos gerar um bebê. Ser mulher é ser forte, corajoso, é saber lhe dar com a vida".

Débora Zanini (Juíza da Comarca de Criciúma)

"O Dia Internacional da Mulher é uma data festiva que comemora uma luta histórica, ou seja, a luta das mulheres pela igualdade de gênero. O meu sonho é chegar um dia em que não precisemos mais lutar por direitos iguais, e sim, perceber que essa igualdade entre homens e mulheres tornou-se algo natural a todo ser humano".

Foto: Arquivo / 4oito

Giovana Mondardo (Vereadora de Criciúma)

"8 de março representa muito mais do que um dia para receber flores ou parabéns. Representa um dia de luta, de reivindicação pelos direitos sociais, pelos direitos da igualdade de gênero, pelos direitos ao acesso a educação, do acesso a empregabilidade para que possa servir como um instrumento de prevenção as violências que sofremos no dia a dia. Enquanto vereadora de Criciúma, a gente tem se dedicado, e parabenizamos as mulheres por esse dia tão especial, mas que acima de tudo é um dia para nos reogarnizarmos e compartilharmos a luta por um cidade melhor".

Foto: Divulgação

Geovania de Sá (Deputada federal)

"O dia é importante para homenagear aquela que luta, que acorda muito cedo, que encontra força para enfrentar os desafios diários, tão bem a sensibilidade que a mulher brasileira tem. Claro que o dia da mulher são todos os dias".

Foto: Arquivo / 4oito

Camila do Nascimento (ex-vereadora de Criciúma)

"Nesse 8 de março, eu espero da sociedade que as mulheres não sejam heroínas, vítimas ou mártires. Que a condição de ser humano seja suficiente para garantir uma vida digna e plena, com oportunidades e condições equivalentes para todos em situação equivalente".

Foto: Arquivo / 4oito

Ada de Lucca (Deputada estadual)

"Para mim é uma data que temos que lembrar diariamente. Eis que a participação das mulheres, nos mais diversos meios, é fundamental. Mas, também, temos que reconhecer que precisamos avançar mais na igualdade de direitos, principalmente, na equiparação salarial".

Foto: Arquivo / 4oito

Ananda Figueiredo (psicóloga e psicanalista)

"Para mim, o dia da mulher não é um dia de celebração e comemoração. Eu entendo como um convite, e até uma convocação,  para que a gente se debruce um pouco mais em olhar com atenção para as diferenças entre as diversas manifestações de gênero, e para que a partir disso a gente se comprometa, coletiva e individualmente, a nbão transformar cada uma dessas diferenças em desigualdade".

Foto: Erik Behenck

Joanna Búrigo (professora)

"Os objetivos do Dia Internacional da Mulher são defender e celebrar as conquistas das mulheres. Reconhecer os desafios pelos quais a gente passa e dá atenção aos nossos direitos".

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Confira o podcast da homenagem ao Dia Internacional da Mulher:

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