De uma pequena escola rural de Morro Grande para o Prêmio Educador Nota 10 das Fundações Victor Civita, Roberto Marinho e Lemann. Eis a lição de esforço e superação do professor Mikael Miziescki, responsável por uma das melhores pesquisas educacionais do Brasil de 2018. Ele foi o personagem que ilustrou o Dia do Professor nesta terça-feira, 15, no Ponto a Ponto da Rádio Som Maior.
"Não é sorte, é trabalho. O nosso projeto Morro Grande em Arte foi selecionado como uma das dez melhores pesquisas do ano passado, foi uma honra, nunca imaginamos ir tão longe. Vindo de uma escola rural, a Dario Crepaldi. A gente iniciou o projeto e acabou conquistando esse prêmio maravilhoso no ano passado", contou o professor. O projeto iniciou em 2014. "Foi quando adentro a sala de aula pela primeira vez, no início do meu trabalho faço um diagnóstico para saber o que os alunos entendem sobre Artes, o que pretendem com a disciplina. Eles entendiam a disciplina como propagadora de estereótipos, pintar desenhos impressos, enfeitar escolas, não conheciam arte contemporânea, era uma visão restrita, decorativa. Daí tentamos dar visibilidade à nossa produção e aos artistas de Santa Catarina", relatou.
Como Morro Grande não tem Secretaria de Cultura nem espaços específicos para exposições, o improviso se destacou. "Foi a primeira experiência de arte em escola em Morro Grande. Pegamos salões comunitários, adaptamos em seis anos de projeto e em cada uma dessas seis edições tivemos experiências maravilhosas", sinalizou. "A partir de 2017 convidamos os artistas para expor junto com os alunos", completou.