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Boa parte dos catarinenses e dos brasileiros estão chegando a duas semanas em isolamento social, como forma de prevenção ao coronavírus. Mesmo que seja um ato preventivo para garantimento da saúde, esse isolamento é algo que, até então, não havia sido vivido por essa geração - e que pode implicar em alguns problemas psicológicos.
“Nenhum de nós está habituado a essa condição de isolamento completo. Nenhum de nós planejou e nenhuma das nossas relações de viver intensamente 24 horas por dia, tentando alinhar todos os papéis sociais em um único ambiente com a mesma pessoa. É uma condição de angústia, ansiedade, sofrimento e minimamente um desconforto para todos nós”, comentou a psicóloga Ananda Figueiredo.
Estar em quarentena pode implicar no adoecimento e no desenvolvimento de transtornos - sejam estes de ansiedade ou de humor deprimido. Para minimizar os efeitos negativos, é importante ter ciência daquilo que temos e do que não temos controle em meio a pandemia, saber que não é necessário que estejamos toda hora, todos os dias, analisando as mortes e os impactos do COVID-19 em nossa cidade, país ou mundo.
Além de fazer um filtro daquilo que consumimos, debater e conversar com pessoas sobre as angústias que o isolamento social proporciona, muitas vezes pode ser algo extremamente positivo.
Ainda não há como definir exatamente quais serão os impactos psicológicos que a população mundial irá sofrer após a pandemia, assim como não dá para mensurar e projetar completamente os impactos financeiros do COVID-19 no país - por ser algo que nunca havíamos vivido antes. Mas há algumas projeções que, apesar de não serem certeiras, podem indicar um caminho provável.
“Muito provavelmente estaremos mais ansiosos após o fim do coronavírus, teremos um adoecimento dos nossos vínculos em um extremo ou, em outro extremo, uma aproximação intensa dos nossos relacionamentos. O nosso senso de pertencimento vai se romper ou vi se aproximar, e isso certamente vai trazer um ganho ou uma perda no aspecto psíquico emocional”, afirmou Ananda.
