Acélio Casagrande, ex-secretário da Saúde em Criciúma, foi encarregado de auxiliar a secretária de Estado da pasta, Carmen Zanotto, nos imbróglios envolvendo os hospitais Materno Infantil Santa Catarina (HMISC) e São José. “O governador Jorginho Mello pediu que eu me envolvesse e entrasse de cabeça nessa situação”, disse ele.
O ex-secretário falou sobre o assunto no programa Adelor Lessa desta quinta-feira (18). Ouça a entrevista completa:
Transferências por falta de leitos de UTI
Segundo Acélio, uma reunião foi marcada para esta sexta-feira (19) com representantes do HMISC para alinhar a situação. “Os projetos estão prontos, algumas situações pequenas de adequação sanitária a nível estadual, isso que a gente vai verificar. Marcamos uma reunião para falar também sobre a ampliação das condições físicas do pronto-socorro e verificar todas as possibilidades de ampliação de atendimentos daqueles serviços levados, muitas vezes, para Florianópolis”, destacou.
Na tarde desta quarta-feira (17), uma criança de três meses, que estava na emergência do Hospital Materno Infantil com quadro de insuficiência respiratória devido a uma bronquiolite, precisou ser transferida para o Hospital Seara do Bem, em Lages. A mãe da menina, lactente, precisava de um leito de UTI e o hospital não possui.
O HMISC foi estadualizado em 2018 e, hoje, tem um contrato de R$ 6 milhões pelo Estado de Santa Catarina, não dependendo mais dos cofres do município de Criciúma. “Nós temos que avançar, fazer que o projeto da reforma de dez leitos de UTI pediátrica seja executado o mais rápido possível e que a ala de Oncologia Pediátrica, junto com a Casa Guido, seja desenvolvida”, frisou Acélio.
“Pequenos ajustes” no Hospital São José
Quanto ao Hospital São José, Acélio e Carmen encaminharam um contrato de R$ 8 milhões para R$ 12 milhões ao Estado. O acordo era feito com a prefeitura de Criciúma e passa a ser de gestão estadual. “Nada mais justo, considerando a abrangência regional que o hospital tem”, destacou.
Segundo ele, os próximos passos são pequenos ajustes. “A luta para trazer transplante de fígado para cá, vou entrar de cabeça nisso também. Hoje já são mais de 70 transplantados de rim, graças a um trabalho feito no passado. Portanto, é uma missão boa, de articulação, de fazer com que as coisas aconteçam para melhorar a vida das pessoas”, concluiu Acélio Casagrande.