No final do mês de fevereiro algumas pessoas passaram mal após consumirem mariscos retirados da beira da praia em Balneário Arroio do Silva e tiveram que ser atendidas em unidades de pronto atendimento. Do outro lado estão restaurantes e peixarias que acumulam prejuízo por não poderem comercializar o molusco. Por esse motivo a prefeitura do município, através da secretaria de Saúde, pediu que sejam feitas novas análises para verificar se ainda continua a chamada maré vermelha.
“No início mandamos as amostras que acabaram testando positivo com a presença da toxina da maré vermelha. A partir daí a secretária de Saúde estadual nos encaminhou um alerta orientando para que não fossem consumidos os mariscos retirados da beira da praia e continua valendo. Devido alguns pedidos, principalmente dos nossos comerciantes e moradores, requisitamos à vigilância em Saúde do estado novo teste. Essa semana veio então a resposta e uma recomendação para que seja feita nova coleta desses mariscos de Laguna ao Balneário Arroio do Silva, área que registrou a presença da toxina”, explica Rogério da Costa Júnior, secretário de Saúde do Balneário Arroio do Silva.
Rogério também adianta que a economia regional vem sendo afetada e os empresários pedem que sejam tomadas providências. “A grande maioria dos nossos restaurantes que ficam inverno e verão abertos, servem frutos do mar e no cardápio há o marisco, que foi retirado após o alerta. Então os empresários nos procuraram, inclusive os donos de peixarias, para que voltem a ter segurança ao comercializar o marisco. Obviamente que o município vai lançar uma nota e avisar a população em geral e por isso aguardamos o posicionamento da vigilância sanitária estadual quanto a liberação”.
Maré vermelha
A maré vermelha é um fenômeno natural causado pela presença e proliferação de algas tóxicas, com reflexos ambientais e risco à saúde humana, que acontece principalmente durante as altas temperaturas. O nome do fenômeno se dá por causa da coloração na água deixada pelas algas. Os mariscos acabam absorvendo e concentrando essa toxina prejudicial aos seres humanos. Quando consumida essa substância pode ocasionar náuseas, dores abdominais, vômitos e diarreia. Seus sintomas se manifestam de 30 minutos a poucas horas após a ingestão do molusco contaminado e a recuperação do paciente se dá entre 2 e 3 dias, independente do tratamento médico.
Ouça as informações no podcast: