A primeira quinzena de agosto será de baixa nos mananciais da região. A nova estiagem que está colocada tende a se tornar mais complexa nos próximos dias. "Sim, vai faltar chuva nas duas próximas semanas", confirma o climatologista Márcio Sônego, reforçando o alerta para a agricultura regional. "Vai voltar a chover entre os dias 14 e 15, antes disso não há chuva significativa, o que pode trazer problemas", sublinha.
Com isso, o alerta está reforçado para ao menos duas lavouras que cumprem uma etapa importante e dependem da chuva e da irrigação: a fumicultura e o plantio de maracujá. "É uma época intensa para o transplante das mudas tanto no fumo quanto com o maracujá", destaca Sônego. "São duas culturas que terão que buscar outras formas para molhar o solo e preparar o terreno de forma adequada, mesmo sem a chuva", reitera. O alerta já foi exposto aos produtores da região pela Epagri.
A orientação, em especial no caso dos agricultores que plantam o maracujá, é que façam uso da modalidade de irrigação por aspersão. "Temos divulgado isso, que usem esse modelo de irrigação por microaspersão nas semanas que faltar chuva", frisa o climatologista. A chuva que vem entre os dias 14 e 15, para remediar a estiagem que vigora, tem relação com o fenômeno La Niña.
"Esse tempo sem chuva, por outro lado, é positivo para a rizicultura, pois o período é para preparo das terras nos próximos dois meses, para preparo do solo e incorporação dos adubos, e a falta de chuva nesse caso ajuda", complementa.