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Amigos montam campanha para compra de cadeira de rodas motorizada

O jovem de 23 anos ficou tetraplégico e dá uma lição de vida

Por Beatriz Coan Criciúma - SC, 30/08/2020 - 11:13 Atualizado em 30/08/2020 - 11:22
Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

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Na ultima quarta-feira, 26, no programa Ponto-a-Ponto, a apresentadora Pity Búrigo entrevistou o Matheus Silva. Ele sofreu um acidente de carro no final de janeiro de 2020 que o deixou tetraplégico. Por isso, seus amigos mobilizaram uma vaquinha para a arrecadação de recursos para compra de cadeira de rodas e auxilio no tratamento de fisioterapia.

Matheus estava retornando de Belo Horizonte para Criciúma, junto de um amigo, quando, na altura de Joinville, seu veículo aquaplanou. Devido a água na pista, o carro capotou 06 vezes às margens da BR-101 e atingiu a quina da vala. O acidente causou uma lesão raquimedular, o que deixou sequelas permanentes no jovem de 23 anos.

Foi um mês internado, sendo 15 dias na UTI. Ao sair do hospital, Matheus não tinha controle do tronco e do pescoço. Os amigos se reuniram e compraram uma cadeira usada que possui os apoios necessários na época. Agora, com fisioterapia ele voltou a ter controle da região e precisa de um equipamento apropriado para a sua atual situação. O jovem já consegue empurrar a cadeira, porém ela é muito pesada o que torna o processo dificultoso.

Confira um trecho da entrevista:

Pity Búrigo - Como foi o primeiro contato com a cadeira de rodas? Muito difícil?

Matheus Silva - Graças ao meu Deus não, graças a Deus eu consegui entender isso.

PB - Tu me parece um cara muito tranquilo, que encarou de frente mesmo.

MS - No dia do acidente, na hora eu já acordei para a realidade que eu ia começar a viver após o acontecimento. Depois de tudo que vivi no hospital, eu já tinha acordado para a realidade e sabia que eu tinha me tornado tetraplégico, uma pessoa deficiente, uma pessoa dependente dos outros. A gente tem que ser tranquilo em uma hora dessas, não podemos nos abalar porque se não a gente não consegue viver bem. Mas é difícil, não adianta dizer que é fácil uma situação dessas. Sou jovem, estou com 23 anos, estava com vários planos que agora estão todos mudados, mas ainda continuam na minha mente só que de uma forma diferente.

PB - A independência de um deficiente é muito difícil?

MS - É bem difícil. Eu me vejo independente, mas ao mesmo tempo dependente. Quem cuida de mim no momento é a minha madrasta. Eu fico pensando quanto tempo que vai levar para me tornar independente, para conseguir tomar banho sozinho, para sair sozinho, dirigir sozinho, para conseguir resolver meus próprios problemas sozinhos. Isso é um processo bem lento e que a gente tem que ter paciência e respeitar isso.

PB - Tu tirou alguma lição de tudo isso? Teus valores de vida mudaram?

MS - Muitas lições. Mudaram completamente. Comentei esses dias com um primo meu, a gente não dá valor em um pegar no copo de água e quando a gente fica desse jeito, olhamos para as mãos e vemos que elas não se mexem. Para pegar alguma coisa com a mão é uma dificuldade, nem um pão consigo comer sozinho. Então a gente passa a dar valor 100% para isso.

PB - Tu sempre foi um cara muito ativo?

MS - Mal parava em casa. Gostava de dirigir, gostava de estar na estrada. Foi difícil de aceitar essa situação, mas estamos aí tentando ser forte.

Para ajudar Matheus, acesso o link.

Escute a entrevista completa a partir dos 03:06:

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