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Amrec defende volta dos ônibus

Prefeitos acreditam que circulação dos veículos é menos perigosa que mantê-los parados

Por Marciano Bortolin Criciúma, SC, 17/08/2020 - 15:33
Foto: Arquivo / 4oito
Foto: Arquivo / 4oito

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Em entrevista ao Programa Agora, da Rádio Som Maior, nesta segunda-feira, 17, o presidente da Associação dos Municípios da Região Carbonífera (Amrec), prefeito de Cocal do Sul, Ademir Magagnin (PP), disse que um dos focos da entidade é buscar a liberação do transporte coletivo, já que, aponta ele, a circulação dos ônibus é menos preocupante que a paralisação. “Todos os municípios dependem de ônibus. Nós temos uma linha de pensamento que o fato de cercear o andamento dos ônibus, as pessoas acham outra alternativa que, às vezes, é lotar um carro com cinco pessoas, uma van acima da sua capacidade, enquanto que os ônibus têm um regramento, as pessoas ficam sentadas, com distanciamento. Há uma linha de pensamento que os ônibus trazem menos problemas do que sem ônibus. O comércio está trabalhando, a indústria está trabalhando e muita gente não tem às vezes condições de se deslocar. Não tem carro, depende de uma carona, de negociar um grupo de colegas, enfim, ou até mesmo nestas vans, e fica difícil o controle. É isso que defendemos, que o ônibus transmite menos a doença”, salientou Magagnin.

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A situação dos ônibus foi debatida em encontro dos prefeitos na semana passada. Já na sexta-feira, veio a notícia da prorrogação da paralisação por mais sete dias. No sábado, o prefeito Clésio Salvaro (PSDB), se reuniu para tentar a liberação na cidade, mas sem êxito. “Ajustamos todos os nossos decretos baseado no decreto do Governo do Estado. Em Criciúma prevalece uma discussão maior, porque tem a população dos demais 11 municípios, hoje prevalece o fechamento do transporte, das reuniões, academias com bastante restrição e o isolamento dentro daquilo que é orientado. Mercados que orientamos que vá uma pessoa por família, bares que as pessoas permaneçam sentados, com no máximo seis pessoas por mesa, respeitando o distanciamento de 1,5 metro”, disse.

Mudança da matriz de risco

Também na semana passada, a Amrec realizou reunião com representantes da Secretaria de Estado da Saúde para solicitar mudanças nos critérios de análise da matriz de risco que coloca a Região Carbonífera no grau gravíssimo. “Trabalhamos na semana passada junto ao Governo do Estado, é que os hospitais de Criciúma estão ocupados 40% de fora da Amrec, estamos cobrando porque aí nos joga o enquadramento no mapa como gravíssimo. Estamos discutindo com o Estado neste sentido. O que nos coloca nesta situação são os leitos de UTI, que hoje estão 100% ocupados.  Estamos questionamento esta forma de fazer os cálculos. Nos outros itens são faváreis à nossa região se comparado às outras”, analisou.

Diálogo entre Estado e municípios

“Nós temos condições de ajudar achar caminhos melhores”. A frase de Magagnin trata do distanciamento do Governo do Estado na tomada de decisões, o que é reclamada por muitos prefeitos catarinenses. “Qualquer decisão tomada em conjunto a torna mais forte, verdadeira, mais fácil de cumprimento. Sempre colocamos à disposição, seja pela associação, pela Fecam. Precisa sim mais este diálogo do Governo do Estado. Cobramos muito que quando foram feitas lá atrás as medidas restritivas para que a curva não fosse rápido para dar tempo dos hospitais se equipassem, achamos que o governo demorou. Precisaria ser mais rápido para equipar os hospitais para que nesta hora as coisas não estivessem com tanta dificuldade. Então, este diálogo é importante. Não queremos tomar nenhuma medida sozinhos, mas não gostamos quando vem de cima para baixo. Isso não soma para a população. Hoje está difícil a população acreditar porque tem muitas informações desencontradas”, concluiu.

Confira a entrevista do presidente da Amrec, prefeito de Cocal do Sul, Ademir Magagnin (PP), ao Programa Agora, da Rádio Som Maior:

 

Tags: coronavírus

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