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Nomeado para mais de 115 processos, Agenor Daufenbach Junior é conhecido pelo trabalho como administrador-judicial de casos de falência e recuperação judicial não só na Região Sul, mas em todo o estado de Santa Catarina.
O advogado, de 53 anos de idade, foi o personagem do Programa Nomes & Marcas desta semana. Ao jornalista Adelor Lessa, Daufenbach contou as suas histórias até chegar a criação da Gladius Consultoria e do trabalho desempenhado hoje em dia. “Comecei muito cedo. Aos 16 anos com meu pai que tinha empresa de terraplanagem. Conheci o Brasil na época da inflamação, da crise do petróleo, trabalhei para a agricultura, tudo isso na época do meu pai que com o tempo passou a trabalhar com manutenção de máquinas pesadas, isso me fez conhecer o fornecimento para órgãos públicos. Com 18, 19 anos, meu pai me largou com uma empresa de plástico com 60 funcionários e depois uma pequena metalúrgica com 10, 12 funcionários. Conheci o lado ruim de ser empresário, de ser autuado pelo Ministério do Trabalho. Isso, na verdade, foi o tempero da minha formação, porque me formei administrador de empresas aos 30 anos e advogado aos 43 anos de idade. Antes de alcançar os diplomas, alcancei a prática levando chicotada. Quando me dirijo às empresas hoje tenho um certo sentimento de que bom que as coisas funcionam. Pude conhecer a teoria que vem depois da prática e isso me ajudou”, enfatizou.
Daufenbach criou a Gladius Consultoria e Gestão Empresarial, empresa especializada com registro no órgão de fiscalização da profissão de administrador de empresas.
Por meio de assessoria administrativa, contábil, jurídica e de engenharia, a Gladius auxilia em tarefas atribuídas ao Administrador Judicial, Gestor Judicial, Inventariante Dativo, Perito e Interventor Judicial, em processos de Recuperação Judicial, Falências, Inventários, Dissoluções de Sociedade, Apuração de Haveres, Revisão Contratual, etc., nas fases de conhecimento e de cumprimento da sentença. “Assim que comecei, o presidente da OAB me oportunizou fazer um flyer e começaram a aparecer as falências e comecei a receber demandas do juiz, vi que era um nicho que estava abandonado. Hoje temos muitos profissionais que fazem a administração judicial. A minha visão foi sair primeiro da indústria, ser empresário é difícil, mas me via mais nos serviços e eles foram aparecendo aos poucos”, contou.
O advogado ainda explicou a diferença entre administrador-judicial e gestor judicial. “Administrador-judicial é a figura obrigatória nos processos de falência e recuperação e é o braço técnico do juiz no processo. Vias ouvir as partes, credores, emitir parecer para ajudar o juiz. Já o gestor judicial é a figura que é facultativa que só existe quando o gerente estatutário da empresa é afastado, isso nos casos de recuperação judicial. Já na falência o estatutário é afastado e o patrimônio passa a ser gerido pelo administrador-judicial”, explicou.
Ele também contou algumas das empresas que ele atuou como adminsitrador-judicial. “A Criciúma Construções tem algo atípico que se mantém. Está andando ainda, mas a regra é: encerrou o processo, encerra a obrigação do administrador-judicial. O processo voltou do tribunal, chegaram alguns pedidos e o desembargador disse que o melhor era o juiz de Criciúma analisar, está nesta fase, mas recebeu o encerramento, mas é um bicho muito grande, ainda se mexe. O primeiro processo polêmico foi da CBCA. Foi casca dura, mas tive sorte em ter grandes profissionais. Assim no dia que o processo fez 18 anos e faltava tudo. Em linhas gerais, o meu serviço foi divorciar a massa falida da Cooperminas. Estou na fase de encerramento e estou com um espinho da fase da Ação Civil Pública do carvão, mas estamos no fim”, pontuou.
Confira o Programa Nomes & Marcas deste fim de semana na íntegra:
