Foi tranquilo o retorno dos trabalhadores da mineração nesta segunda-feira, 9. A categoria estava paralisada desde o dia 24 de feveiro, quando solicitou, dentre outras coisas, um reajuste salarial de mais de 8%. Após propostas e contrapropostas, os sindicatos dos trabalhadores e das empresas mineradoras chegaram ao acordo de aumento de 5,48%, com o reajuste de 1% além do INPC a partir de 2021.
De acordo com as lideranças sindicais, a categoria dos trabalhadores conseguiu um acordo satisfatório, apesar de abaixo daquilo pretendido inicialmente.
"Não foi aquilo que desejávamos, mas tivemos avanços em relação ao começo das negociações", disse o presidente do Sindicato dos Mineiros de Criciúma e Região, Djonatan Elias.
O presidente da Federação dos Mineiros, Genoir dos Santos, o Foquinha, relembrou que a decisão de aceitar a proposta encaminhada pelo Siecesc foi praticamente unânime.
"Na nossa avaliação o desfecho foi satisfatório, havia em torno de 200 tralhadores e somente um votou contra a proposta", falou, citando a assembleia realizada pela categoria no sábado.
O coronel Márcio Cabral, diretor executivo do Siecesc, também avaliou como positivo o fim das negociações com acordo entre a classe trabalhadora e patronal.
"Foi uma negociação difícil, mas as duas partes compreenderam o momento do setor. Chegamos a um bom termo e agora voltamos a trabalhar juntos pelo setor. As atividades voltam ao normal e as empresas podem se programar para o restante do ano", comentou.
Cabral foi evasivo sobre os impactos que os dias de paralisação podem trazer para o setor neste ano. "A paralisação traz prejuízos ao setor que serão avaliados ao longo dos próximos meses, após verificarmos as possibilidades de recuperação da produção", concluiu.