Foi condenado pelo Tribunal do Júri da Comarca de Araranguá o autor de um homicídio qualificado ocorrido em 2014. A sessão de julgamento se deu nesta quarta-feira (5/2) e a pena foi fixada em 18 anos, 9 meses e 22 dias de reclusão em regime inicial fechado pela prática dos crimes de homicídio qualificado e ocultação de cadáver.
Conforme sustentado em plenário pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), representado pelo Promotor de Justiça Gabriel Ricardo Zanon Meyer, o crime foi praticado na madrugada de 25 de novembro de 2014. A motivação do homicídio não pôde ser confirmada durante a instrução processual.
No dia do crime, após um desentendimento, o réu atacou a mulher, a amordaçou e a agrediu com um instrumento contundente (não identificado), causando-lhe um traumatismo cranioencefálico que foi a causa da morte. Após o crime, o condenado ocultou o cadáver da vítima, colocando-o em uma cova e cobrindo-o com galhos e com uma tampa plástica de caixa d'água.
O MPSC sustentou que o homicídio foi cometido mediante recurso que dificultou a defesa da vítima, já que o homem a amordaçou, impedindo-a de pedir ajuda, e a agrediu pelas costas. A comprovação da autoria se deu com um exame de perfil genético, que identificou compatibilidade entre o DNA da vítima e manchas de sangue encontradas na roupa que o acusado usou no dia dos fatos.
Os poucos detalhes sobre como o crime brutal ocorreu foram revelados pelo autor a uma testemunha naquela madrugada. Ela levou as informações à polícia, que localizou o cadáver posteriormente.
Ao proferir a sentença, o Juiz presidente do Tribunal do Júri determinou o imediato cumprimento da pena aplicada ao réu, tendo sido ele encaminhado ao Presídio Regional de Criciúma, onde já cumpria pena pela prática de outros crimes.