O acadêmico de Gestão Financeira e mesatenista da Fundação Municipal de Esportes (FME) de Criciúma, Felipe Formentin, segue precisando de ajuda. Quando ainda tinha 14 anos, hoje com 22 anos, ele teve um câncer no fêmur. Sua perna esquerda teve que ser amputada por conta da doença. Recebeu uma prótese, mas como não possui o coto - pedaço do membro utilizado para encaixar a prótese – não pode utilizá-la. A solução encontrada foi a fabricação de um encaixe no valor de R$ 12,5 mil, com fabricação em São Paulo. Para arrecadar esse valor, ele lançou recentemente uma vaquinha online.
Algumas doações em dinheiro chegaram a ser ofertadas para Formentin. “Mas pedi que as pessoas segurassem para eu achar uma forma mais controlada de arrecadação. Por isso, achei a vaquinha uma boa saída”, disse. Em 28 de novembro deste ano, a história dele foi contada aqui no jornal A Tribuna. “Deu uma repercussão muito positiva. Muitas pessoas se colocaram à disposição para me ajudar de alguma forma”, contou o mesatenista.
As doações já estão sendo recebidas no link www.vaka.me/btu7kn desde o início da semana. “Quero tentar chegar ao valor até abril. Vejo este método como o mais seguro. Dá para pagar no cartão de crédito e no boleto. Quem quiser me ajudar, posso até eu mesmo gerar o boleto e enviar para as pessoas pagarem”, acrescentou.
A necessidade do encaixe
Apesar de ter a prótese desde os 14 anos, o mesatenista explica que optou por não utilizar por um incômodo. “Como ela não encaixa perfeitamente, acaba sendo um desconforto muito grande. Chega a machucar às vezes. Nem pra sentado para dirigir eu consigo usar ela”, apontou. Desde a amputação ele utilizar muletas, o que acabou provocando novas lesões.
“Faço muito esforço com a mão esquerda, que é a da muleta. Por conta disso, acabei tendo uma lesão na cartilagem triangular do punho esquerdo. Isso já me prejudicava na prática do esporte. Agora também fui diagnosticado com uma lesão no joelho. Fiz uma ressonância e estou esperando a consulta com o especialista”, comentou.
O maior desejo do mesa-tenista é voltar a competir em alto nível. A carreira dele no tênis de mesa teve ótimos resultados após a amputação. Foi duas vezes campeão pan-americano. Conquistou várias vezes a Copa do Brasil da modalidade. Ficou em segundo em uma etapa do Campeonato Mundial na França e até quando estava impossibilitado de treinar conseguiu jogar a etapa do Mundial em Buenos Aires, ficando em terceiro lugar.
“Estou confiante, bastante pessoas se dispuseram a ajudar. Creio que se todos ajudarem vou conseguir alcançar esse objetivo. Tem tudo para dar certo”, completou Formentin.