O forte temporal dos últimos dias castigou o Extremo Sul. Agora, os municípios trabalham em parceria com a Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) para levantar os prejuízos na agricultura - segmento que impulsiona a economia da região.
“O pessoal está fazendo o levantamento ainda, mas aconteceram prejuízos em Turvo, Ermo e Morro Grande. Na segunda-feira, em Meleiro, Forquilhinha e Maracajá. Em função do vento, ocorreu que, na parte da agricultura, afetou mais a parte do arroz e milho”, comenta o gerente regional da Epagri, Edson Borba.
Os prejuízos não foram tantos para a rizicultura, já que metade das plantações foram colhidas. “Mas, o pessoal está acionando os seguros para fazer a medição. Isso é um pouquinho demorado para chegar a valores. O que a gente pode registrar na parte da agricultura, são destelhamentos de galpões que aconteceram casos pontuais e, no arroz e milho, o tombamento de plantas”, acrescenta Borba.
Tornado ou microexplosão em Meleiro
O Centro de Informações de Recursos Ambientais e de Hidrometeorologia (Ciram), da Epagri, estuda o fenômeno que atingiu o Meleiro. Os fortes ventos de segunda-feira foram responsáveis pela destruição de um pavilhão de beneficiamento de arroz. Dias antes, a localidade de Sanga Grande também registrou a queda da estrutura de uma mineradora de argila.
“O Ciram trabalha para caracterizar o evento climático, se foi tornado ou microexplosão”, informa o gerente regional da Epagri.
Diferença entre os fenômenos
A microexplosão é caracterizada por uma forte rajada de vento, que sai da base da nuvem em direção ao solo, provocando um estouro que deixa quase uma linha reta de destruição. Já o tornado, é formado através de frentes frias em regiões onde o ar está mais quente e instável, favorecendo o desenvolvimento de uma tempestade, que impulsiona a formação desse fenômeno.