Diariamente, muitas pessoas aguardam o climatologista Márcio Sônego dar a previsão do tempo na Rádio Som Maior para organizar o seu dia. Há décadas, o doutor do tempo empresta os seus conhecimentos nesta orientação. Ele foi o entrevistado de Adelor Lessa, no Programa Nomes & Marcas deste fim de semana.
E doutor não é da boca para fora. Formado em Agronomia pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Sônego te, mestrado em Meteorologia Agrícola e doutorado em Climatologia.
Criciumense, ele nasceu no bairro Santa Bárbara e na década de 1980 foi buscar o aperfeiçoamento em Minas Gerais. “A Epagri queria montar um centro de meteorologia no estado, não tinham profissionais capacitados há 30 anos e chamaram os melhores alunos nas áreas que eles queriam. Lá fiquei de 1985 até agosto de 1987, voltei para a Epagri para assumir um cargo. A diretoria me perguntou se eu queria ir para Itajaí ou ficar em Florianópolis, então escolhi ficar na Capital”, lembrou.
As dificuldades e vitórias
Com 32 anos de trabalho na Epagri, ele conta que na década de 1980 era difícil encontrar pessoas com mestrado e doutorado. “Naquele tempo para achar alguém com mestrado era difícil e um doutor era ainda mais difícil. A dificuldade naquele tempo, ir para Viçosa tinha que pegar dois ônibus. Pegava até São Paulo, ficava um dia esperando lá para depois pegar outro e ir até Minas Gerais. Só vinha visitar Criciúma a cada seis meses. Quando o cara é jovem tudo é fácil, não tinha medo de nada. Tem coragem de fazer muitas coisas que não faz depois de mais velho”, contou.
A volta para o Sul do estado aconteceu em 1992. “O então governador Wilson Kleinübing juntou o serviço de pesquisa com a extensão rural e falou que queria a interiorização e permitiu a ida para o interior de quem quisesse e eu pedi para vir para a estação de Urussanga, onde cheguei em janeiro de 1992 e estou até hoje”, citou.
Rumo ao exterior
Em 1995 abriu a oportunidade e fui para Nova Zelândia fazer o doutorado, onde permaneceu por quatro anos. “Eu tinha dois colegas lá que me falavam para ir para lá, comentavam que a universidade era boa, bom para morar e fui com a mulher e dois filhos”, recordou.
A previsão no rádio
Sônego começou a dar a previsão do tempo no rádio em 1987, ainda em Florianópolis, sendo o primeiro de Santa Catarina a fazer este trabalho de forma cientifica. Na Som Maior, o climatologista dá a previsão do tempo diariamemte desde 2010. "Nunca sei a minha importância. Mas eu acho que tenho primeiro a carinhosa, às vezes de me ouvir, ouvir a minha voz, minha opinião, como eu falo e aqueles que da meteorologia. Às vezes, alguns ouvem por estar acostumados, mas espero ser útil neste tempo todo", relatou.
Confira o programa Nomes & Marcas na íntegra: