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Criciúma prevê uma modernização sem precedentes no estacionamento rotativo. Prestes a terceirizar o serviço, a expectativa é que a nova administradora assuma até julho. Na cidade vizinha, Içara, não há monitores nas ruas devido ao rompimento bilateral entre a prefeitura e a antiga empresa responsável pelas atividades, a Serbet, desde o primeiro mês do ano. No Extremo Sul, em Araranguá, a taxa da tarifa teve um reajuste, mas segue funcionando normalmente.
Em Criciúma, o rotativo é administrado pela prefeitura, através da Diretoria de Trânsito e Transporte (DTT). No município, atualmente, o serviço funciona de forma manual, com a presença de monitores nas ruas e o uso de tickets para validação. O pagamento é feito, exclusivamente, por dinheiro em espécie. O valor é de R$ 2 a hora.
“Esta é a forma que, emergencialmente, a gente trabalha. Isso porque, em 2017, quando voltou a cobrança do rotativo, existia um processo judicial com a antiga empresa que administrava por problemas na documentação. Findado esse processo, foi autorizado que nós pudéssemos fazer a licitação, porque, até então, estávamos impedidos e também não tínhamos modernizado justamente em virtude dessa situação”, explica o coordenador do estacionamento rotativo de Criciúma, Frank Bez Fontana.
Burocracias sendo resolvidas
Com a vencedora da licitação, agora, restam apenas burocracias no processo a serem resolvidas. “Na semana passada, lançamos o relatório final da prova conceito e está em prazo de recurso para alguma empresa impugnar ou não o documento. Se tiver tudo certo, nós acreditamos que o setor de licitação deve lançar nos próximos dias uma nova data para que a empresa em primeiro lugar traga a documentação de habilitação. Com isso, a prefeitura emite uma ordem de serviço dando o prazo de até 120 dias para que a empresa comece a operar”, pontua o responsável.
No entanto, a expectativa é que os trabalhos iniciem antes do período máximo estipulado. “Em conversa com a vencedora, até então, ela nos passou que assim que recebesse a ordem de serviço, em um prazo de 90 dias, já poderia estar operando na cidade de Criciúma, ficando à disposição do centro, que contempla a primeira etapa. Acreditamos que no mais tardar até junho ou julho, a empresa já esteja operando no município”, enfatiza Fontana.
Com a impossibilidade de terceirizar os serviços antes, a prefeitura não poderia adquirir equipamentos modernos, como parquímetros e tablets, já utilizados para monitorar os rotativos em outras regiões. “Isso porque, podia ter uma decisão judicial autorizando a empresa antiga a voltar a administrar o serviço. Em virtude disso, a gente preferiu de forma emergencial optar pelos monitores, que são esses de amarelinho que ficam na rua cobrando por tickets”, acrescenta o coordenador.
Como está funcionando
Atualmente, o serviço opera de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h e, aos sábados, das 8h às 12h. “Estamos com 46 monitores trabalhando em 17 áreas, em cerca de 12 ruas. São 23 profissionais de manhã e 23 a tarde”, comenta Fontana. Somente a área central de Criciúma recebe o rotativo, por enquanto.
A contratação da nova empresa e a modernização dos equipamentos permitirá que as áreas monitoradas aumentem. “Vai abranger mais ruas. Vamos passar de 700 para quatro mil vagas. Atingirá os bairros Comerciário, Michel, Próspera, Santa Luiza, Rio Maina e a própria Avenida Santos Dumont”, informa o coordenador. “O ticket que é utilizado hoje vai dar lugar para tablets e parquímetros e, também, a pessoa vai poder comprar através da internet, por meio de site, e pelo smartphone, em um aplicativo. Vamos deixar de usar o bilhete para usar a tecnologia a nosso favor”, completa.
Reclamações envolvem a falta de monitores
As principais reivindicações referentes ao rotativo de Criciúma estão ligadas à ausência de monitores. “As pessoas têm dificuldade de encontrar esses profissionais. In loco, com a nossa equipe, a gente consegue ver que muitos moradores veem o monitor, mas não dão a devida importância a eles. Com essa modernização, acreditamos que vamos cessar essas reclamações”, finaliza Fontana.
Içara sem o serviço disponível
Desde janeiro, Içara não tem estacionamento rotativo à disposição. Após o rompimento bilateral do contrato - quando há consenso entre as duas partes, empresa e prefeitura, os serviços estão paralisados. Não há previsão para que as atividades sejam retomadas. A maior preocupação é referente ao comércio, que teme os prejuízos com a dificuldade de acesso dos clientes às áreas mais movimentadas.
“Nós sugerimos para a prefeita, em reunião, que ela colocasse agentes de trânsito com cartão, igual Criciúma, até se ter uma definição do que será feito. Ela ficou de estudar o assunto”, comenta o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Içara, Paulo Roberto Brígido. “Ontem, por exemplo, no centro da cidade, não tinha um lugar para colocar o carro. Está bem complicado”, acrescenta o representante.
Araranguá tem intenção de modernizar o monitoramento
Com 1.100 vagas monitoradas no município, Araranguá tem intenção de modernizar o rotativo, através do uso de aplicativo e, eventualmente, aumentar o número de colaboradores. "O estacionamento tem funcionado de maneira satisfatória, tanto pela qualidade da prestação de serviço quanto pela arrecadação”, manifesta o diretor do Departamento Municipal de Trânsito (Demutran), Sandro Xavier.
Atualmente, em Araranguá, o rotativo funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h e, aos sábados, das 8h às 12h. O valor da tarifa é R$ 1,50 a hora do estacionamento. O serviço no município é administrado diretamente pela prefeitura, com coordenação do Departamento de Trânsito. Ele é operado de forma manual, com uma média de 15 a 18 monitores, que utilizam tickets, assim como em Criciúma.
