Estão em andamento as obras de iluminação da Via Rápida no trecho entre o viaduto do Bairro Próspera, em Criciúma, e o acesso à BR-101, em Içara. "O contrato foi assinado em setembro, terminamos os ajustes técnicos no projeto em fevereiro, quando começamos a executar. Em cinco meses teremos a rodovia iluminada", previu o gerente da Divisão Técnica do núcleo Sul da Celesc, Zulnei Casagrande, que participou da sessão desta terça-feira (29) na Câmara de Criciúma.
O investimento, originalmente de R$ 6,4 milhões, já foi acrescido em R$ 900 mil por conta dos ajustes necessários. O trecho contará com 937 lâmpadas de LED e, no fim das contas, o custo mensal para manter o sistema em operação deverá oscilar entre R$ 27 mil e R$ 37 mil, valores a serem divididos entre os municípios de Criciúma e Içara.
A fase da obra
"Atualmente estamos na fase de escavação", explicou. A sinalização rodoviária está instalada em vários pontos. "Nessa escavação, implantamos os dutos. A próxima etapa será a fixação dos postes. Os postes já estão sendo feitos na unidade da Brametal no Espírito Santo, e em breve virão para cá", detalhou Casagrande.
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A Celesc deixou por último a instalação da fiação. "Hoje está muito comum, infelizmente, o furto de cabos. Se a gente lançar os cabos agora, semana que vem já não estarão mais lá", lamentou o gerente. "Instalando depois, já com os postes, e energizando os cabos, fica mais difícil", salientou.
Ele insistiu no temor em relação aos riscos de furtos de fiação e dos demais itens, algo que tem ocorrido com frequência em diversos lugares. "Lá no Rio Grande do Sul o Estado contratou uma empresa para vigiar a Estrada do Mar, onde havia muitos furtos. Esse problema é generalizado no país todo, não é exclusividade nossa", pontuou. "A nossa esperança é que, por ser uma rodovia movimentada, isso possa intimidar. Mas é um risco inevitável, vamos ter que contar com a sorte", comentou. "Se não roubarem ali, vão roubar em outro lugar", completou.
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A conta mensal
Casagrande contou que a revisão do projeto original de iluminação permitirá uma grande economia. "A estimativa com o modelo original, de luminárias de vapor de sódio, era gastar até R$ 60 mil por mês", relatou. Agora, os valores estimados estão entre R$ 15 mil e R$ 20 mil para o trecho de Criciúma e R$ 12 mil a R$ 17 mil para a parte de Içara da Via Rápida. "Ainda não concluímos o projeto, a parte de instalação elétrica, pode ser que tenha algumas adaptações a serem feitas no final, pode haver variação do consumo", ponderou.
O gerente observou também que a Celesc já vem dialogando com os municípios para garantir a manutenção do sistema. "Queremos combinar essa parte, é necessário faturar a energia, senão a gente quebra", referiu. "Já foram feitos os ajustes para garantir a manutenção dos trechos para que essa obra, dessa magnitude e beleza, não se transforme numa ponte de Laguna onde ficaram muito tempo brigando", apontou. "Iluminação pública, a manutenção não é com a Celesc, é com os municípios", sublinhou.
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Foto: Denis Luciano / 4oito / Arquivo
Outros detalhes técnicos
Casagrande lembrou que houve atraso no início da obra por conta da necessidade de adaptação do projeto original de iluminação da rodovia, que começou a ser concebida em 2007. "Vamos iluminar também algumas vias laterais e a parte de baixo dos viadutos com refletores", anunciou.
Os postes estarão distanciados por 27,5 metros a até 30 metros. "E as luminárias terão dois tipos de potência", destacou. A alça da Via Rápida que passa na Colmeia Industrial em direção à Avenida Centenário também será iluminada, até os arredores do depósito da Rede Angeloni. Na outra extremidade, a iluminação chegará ao viaduto da BR-101. "Já aquelas rotatórias junto ao viaduto nós teremos que conversar com a CCR, concessionária da rodovia", observou.
Zulnei Casagrande esteve na sessão a convite da vereadora Geovana Benedet Zanette (PSDB).
Assista a participação do gerente da Divisão Técnica da Celesc no vídeo da TV Câmara: