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Audiência debate dificuldade de diagnósticos de autismo em Criciúma

Segundo o vereador Daniel Antunes, há uma fila de quase mil crianças esperando laudo

Por Vítor Filomeno Criciúma, SC, 18/04/2022 - 18:10 Atualizado em 18/04/2022 - 19:08
Foto: Denis Luciano / 4oito
Foto: Denis Luciano / 4oito

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Nesta quarta-feira, 20, às 19h, acontecerá no auditório da sede da Associação dos Municípios da Região Carbonífera (Amrec), em Criciúma, uma audiência pública sobre autismo. A "Transtorno do Espectro Autista em Pauta" vai debater a dificuldade na obtenção de diagnóstico de autismo nas crianças da cidade.

Em entrevista ao programa Conexão Sul, da Rádio Som Maior, desta segunda-feira, 18, o vereador de Criciúma, Daniel Antunes (União Brasil), trouxe dados alarmantes sobre a fila de crianças que esperam a certeza do diagnóstico médico.

"Essa audiência faz o chamamento para os profissionais especializados da saúde, os neuropediatras e psiquiatras pediátricos. A dois meses atrás, tínhamos 500 crianças na fila. Parece-me que, duas semanas atrás, esse número chegou a quase mil crianças aguardando, porque é o fechamento do diagnóstico que as escolas pedem para ter essa informação e poderem chamar o segundo professor", explicou.

Segundo o vereador, o problema está no desequilíbrio entre o total de crianças e o de profissionais da neuropediatria. "O diagnóstico é dado pelo neuropediatra. São três profissionais. São muitas crianças. Ali está o gargalo. Com isso, as crianças que estão na escola regular estão aguardando, apresentam o sintoma, mas não tem o laudo", comentou.

Em resumo, há uma grande quantidade de pessoas esperam esse laudo comprobatório e uma defasagem na contratação de professores especializados, o que é um direito de estudantes autistas nas escolas.

"Criciúma não contrata o segundo professor, contrata estagiário. Existe uma dificuldade por conta do salário. Mas há algo que precisa ser feito. Então, nós temos dois entraves: na saúde, essa fila andar para que as pessoas possam ter o laudo, e, segundo, a aplicação da lei, que é ter o segundo professor. Para isso, estamos chamando a AMA, a Apae, o Juizado da Infância, o Conselho Tutelar e a sociedade como um todo", afirmou Antunes.

Ouça a entrevista completa do vereador de Criciúma, Daniel Antunes (União Brasil):

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