Nesta quarta-feira, 20, às 19h, acontecerá no auditório da sede da Associação dos Municípios da Região Carbonífera (Amrec), em Criciúma, uma audiência pública sobre autismo. A "Transtorno do Espectro Autista em Pauta" vai debater a dificuldade na obtenção de diagnóstico de autismo nas crianças da cidade.
Em entrevista ao programa Conexão Sul, da Rádio Som Maior, desta segunda-feira, 18, o vereador de Criciúma, Daniel Antunes (União Brasil), trouxe dados alarmantes sobre a fila de crianças que esperam a certeza do diagnóstico médico.
"Essa audiência faz o chamamento para os profissionais especializados da saúde, os neuropediatras e psiquiatras pediátricos. A dois meses atrás, tínhamos 500 crianças na fila. Parece-me que, duas semanas atrás, esse número chegou a quase mil crianças aguardando, porque é o fechamento do diagnóstico que as escolas pedem para ter essa informação e poderem chamar o segundo professor", explicou.
Segundo o vereador, o problema está no desequilíbrio entre o total de crianças e o de profissionais da neuropediatria. "O diagnóstico é dado pelo neuropediatra. São três profissionais. São muitas crianças. Ali está o gargalo. Com isso, as crianças que estão na escola regular estão aguardando, apresentam o sintoma, mas não tem o laudo", comentou.
Em resumo, há uma grande quantidade de pessoas esperam esse laudo comprobatório e uma defasagem na contratação de professores especializados, o que é um direito de estudantes autistas nas escolas.
"Criciúma não contrata o segundo professor, contrata estagiário. Existe uma dificuldade por conta do salário. Mas há algo que precisa ser feito. Então, nós temos dois entraves: na saúde, essa fila andar para que as pessoas possam ter o laudo, e, segundo, a aplicação da lei, que é ter o segundo professor. Para isso, estamos chamando a AMA, a Apae, o Juizado da Infância, o Conselho Tutelar e a sociedade como um todo", afirmou Antunes.
Ouça a entrevista completa do vereador de Criciúma, Daniel Antunes (União Brasil):