A explosão dos casos de coqueluche em Santa Catarina, após uma década, com a confirmação de duas mortes no estado e que deu a Criciúma também a internação hospitalar de um bebê acende para outro alerta: o retorno de doenças erradicadas pela baixa adesão às vacinas. Segundo a coordenadora da Vigilância Epidemiológica de Criciúma, Andrea Goulart, há inclusive vacinas sendo jogadas no lixo em Criciúma. "A politização e fake news em cima das vacinas ficou muito forte, a gente vê essa onda negativa com relação à vacina em relação a outras vacinas. A polio, por exemplo, a gente precisava chegar a uma cobertura de 95% e a gente está com 70%. Temos outras vacinas também que a gente está com uma baixa procura, inclusive recentemente tivemos que descartar um número considerável de vacina da Covid em virtude do vencimento porque a população não procura ir às salas de vacina para se vacinar", salienta a coordenadora que concedeu entrevista na manhã desta segunda-feira (28), junto do secretário de Saúde de Criciúma, Deivid Freitas, ao Programa Adelor Lessa, na rádio Som Maior.
Para combater essa falta de adesão, o município expandiu o horário de atendimento em 47 salas de vacina, com 13 delas funcionando das 7h às 19h, e a unidade da Boa Vista aberta aos sábados das 7h às 16h, além de campanhas de sensibilização. "Estamos fazendo tudo para facilitar o acesso, mas precisamos de adesão. É fundamental que as pessoas entendam a importância de se vacinar para proteger a si mesmas e toda a comunidade", acrescentou.
Ouça na íntegra a enetrevista da coordenadora, Andrea Goulart e do secretário de Saúde de Criciúma, Deivid Freitas: